Por: Francine Sinnott
Você já deve ter ouvido falar que a felicidade é subjetiva e que cada pessoa entende felicidade à sua forma. No entanto, de acordo com a comunidade científica, vários aspectos são previsores da felicidade. E mesmo que cada um tenha o seu próprio entendimento, algumas coisas são universais, e comprovadamente, elevam a nossa felicidade. Entre essas várias “coisas”, a primeira, que qualquer cientista no mundo que estude felicidade irá salientar, é a importância dos nossos relacionamentos. Manter relacionamentos saudáveis, com uma comunicação positiva, que transborde amor e compaixão, são definitivamente algo em você deve investir.
Você já deve ter ouvido falar que a felicidade é subjetiva e que cada pessoa entende felicidade à sua forma. No entanto, de acordo com a comunidade científica, vários aspectos são previsores da felicidade. E mesmo que cada um tenha o seu próprio entendimento, algumas coisas são universais, e comprovadamente, elevam a nossa felicidade. Entre essas várias “coisas”, a primeira, que qualquer cientista no mundo que estude felicidade irá salientar, é a importância dos nossos relacionamentos. Manter relacionamentos saudáveis, com uma comunicação positiva, que transborde amor e compaixão, são definitivamente algo em você deve investir.
Se voltarmos
alguns milhares de anos no passado, podemos constatar que uma das principais
características de sucesso da nossa espécie Homo
sapiens, é a capacidade de viver em bando. Reflitam comigo, não somos
animais fortes, não somos animais grandes, não podemos voar...como conseguimos
nos destacar em meio à toda megafauna do passado? Porque sempre agimos em
grupo! A capacidade de raciocínio rápido foi sendo conquistada ao longo dos
anos, com o aumento da nossa inteligência, nossa capacidade de falar, de
contar...enfim, diversos elementos são levantados quando analisamos os nossos
antepassados, e que certamente somam pontos no quesito “sucesso”, sem deixar de
mencionar a grande capacidade de adaptação da nossa espécie às mais variadas
condições do globo. Mas, certamente o fato de sermos animais sociais, foi um
ponto chave para nós. Não fomos “feitos” para viver sozinhos...por isso a
grande importância ainda hoje dos relacionamentos para sermos felizes!
Relacionar-se é uma necessidade biológica!
No entanto,
relacionamentos também são os principais responsáveis por traumas, pelo
desenvolvimento de percepções erradas de si mesmo e do meio, pelo
estabelecimento de crenças que nos impedem de progredir, e até mesmo, em casos
mais graves, com o desenvolvimento de doenças mentais. Ao mesmo passo que os
relacionamentos são o número 1 em elevar nossa felicidade, eles também podem
ser o número 1 em rebaixá-la!
Vamos dar uma
pausa na nossa conversa - congelem esta última informação, para que possamos
traçar um paralelo com a Síndrome do Enclausuramento. Não sei se você que lê
este texto conhece esta síndrome, então acho mais prudente lhe explicar a
respeito dela, do ponto de vista mais biológico, para que você compreenda a sua
magnitude.
Nosso encéfalo
(região da cabeça, onde se encontra nosso cérebro, cerebelo e tronco
encefálico) mantém estruturas importantíssimas para o comando de praticamente
todas as funções do nosso corpo. Qualquer lesão no tecido nervoso pode impactar
de forma totalmente abrupta a nossa vida. Lesões no tronco encefálico – porção
que conecta nosso cérebro à medula espinhal – geralmente são fatais. Essa
região do sistema nervoso apresenta muitas funções importantíssimas, como por
exemplo, ela recebe as informações de regiões do nosso cérebro para que
determinado músculo se movimente, e dali, do tronco encefálico, partem
neurônios que levam esta informação aos músculos, e estes executam o movimento
de forma intencional. No entanto, um acidente vascular encefálico, em uma
porção específica nessa região do sistema nervoso, pode gerar a Síndrome do
Enclausuramento. Que apresenta como quadro geral, uma pessoa aparentemente em
coma, no entanto ela escuta, sente, percebe o meio, e teria total condição de
falar, de se movimentar, de abrir os olhos, não fosse por essa lesão no tronco
encefálico, que impede com que toda musculatura, de cunho voluntário, receba a
informação enviada pelo córtex (porção mais fina e externa do nosso cérebro).
Então, basicamente, pacientes com a Síndrome do Enclausuramento, vivem
aprisionadas dentro de si mesmos.
A nível de
curiosidade, em 2008 foi lançado um filme, intitulado “O escafandro e a
borboleta” que conta a história real, de um escritor Francês, que após um
acidente vascular encefálico, perdeu os movimentos musculares voluntários. No
entanto, a história do editor-chefe da revista ELLE, Jean Dominique Bauby,
virou filme, pois ele escreveu um livro mesmo tendo a Síndrome do
Enclausuramento. Mas como? Porque mesmo após o acidente vascular, ele conseguia
movimentar a pálpebra esquerda. Somente! Então junto com a sua fonoaudióloga,
desenvolveram técnicas para poder se comunicar através de “piscadas”. Incrível
não é?
Voltamos a
nossa reflexão. Agora você já entende o que de fato é a Síndrome do
Enclausuramento, e você pode imaginar a agonia que deve ser viver em clausura
dentro de si. Ao contrário de pessoas que porventura convivem com esta
Síndrome, você que lê este texto, está livre! Mas será que você se permite
viver fora de si?
Lembra que eu
te falei que nossos relacionamentos são a coisa mais importante para nossa
felicidade? E lembra também que te disse que muitos relacionamentos são
tóxicos, e que, portanto podem nos deixar infelizes? Pois é, muitas pessoas nos
criticam, nos comparam, nos envenenam, nos fazem acreditar que não temos valor,
que não somos capazes, diminuem nossa autoestima, nos machucam, nos
fragilizam... Todas essas emoções negativas geradas, todas essas vivências
perturbadoras, podem fazer com que criemos maneiras de nos mantermos
aprisionados dentro de nós mesmos. Ainda que não sejamos diagnosticados com a
Síndrome do Enclausuramento, vivemos enclausurados, abafamos nossos anseios, e
acreditamos de fato que não podemos!
Vivemos uma
vida sem propósito, dia após dia, sem encontrar nosso verdadeiro sentido.
Procurando uma absolvição externa, uma chave que nos liberte da prisão, que nós
mesmos nos colocamos.
A reflexão que
quero gerar em você, é: 1) Eu invisto nos meus relacionamentos? 2) Os meus
relacionamentos são positivos? 3) Alguém tenta me limitar, me abafar, me
enclausurar...alguém me sufoca dentro das minhas próprias angústias?
Pense sobre
isso...você é um ser livre, não se enclausure dentro de si...você tem
potencial, você tem um propósito, e quem sabe mais de um...busque! Se encontre,
se permita viver sem medo do que os outros irão dizer, sem medo de se expor,
acredite em você...peça ajuda se precisar...mas eu lhe suplico...liberte-se!
👉 Veja o vídeo dessa matéria no youtube:
Bióloga, professora, especialista em tecnologias da educação, mestre e doutora em Ciências Biológicas, estudante eterna da felicidade da nossa espécie.
contato: https://linktr.ee/francinesinnott
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