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Depressão e suicídio na adolescência. (suicidio)


Os profissionais de saúde que trabalham com adolescentes muitas vezes questionam e refletem sobre até que ponto as suas ações conseguem efetivamente contribuir para a diminuição dos agravos à saúde destes, à sua integridade física, à sua qualidade de vida e, em última análise, à conquista de sua felicidade.
Não é possível continuar pensando na prevenção a partir da ideia de universalidade dos seres humanos, sem reconhecer a sua diversidade, sua pluralidade, sua unicidade e suas vulnerabilidades.

Portanto, não podemos falar de adolescência, mas de “adolescências", a partir do que está ao seu redor, ao redor da sua realidade. Ao fazer perguntas aos sujeitos com quem estamos interagindo, estas devem abranger as dimensões pessoal, social e de política institucional, tentando reconhecer todos os fatores que podem influenciar nestas vulnerabilidades.
Nesse sentido, é fundamental reconhecer que o adolescente não é umo mero ouvinte ou espectador deste mundo, mas deve ser reconhecido e valorizado como autor, realizador e criador de ações no mundo (LUZ & CASTRO SILVA, 1999, p. 95). Portanto, ele deve gostar de conhecer, ter prazer em aprender, identificar-se como uma pessoa participante de um mundo cientificamente organizado, com história e cultura própria, tendo seus direitos reconhecidos e preservados.
Pensar na construção da sociedade futura implica num compromisso ético para cuidar das crianças e adolescentes, e isso inclui não apenas oportunidades socioeducativas, mas também um cuidado especial com a saúde mental. Conforme relatam Saggese & Leite (1999), os transtornos mentais têm uma prevalência elevada neste grupo, entre 10 e 15%, sendo que mais de 50% destes podem chegar a produzir incapacidade permanente. Os estudos também demonstram que esses problemas podem começar precocemente, o que fica demonstrado pelo aumento das taxas de suicídio e homicídio na população jovem em várias partes do mundo.
Como tem sido relatado, na adolescência, como um momento especial de definições na área da sexualidade, da profissionalização, da família, podem convergir alguns desafios, aos quais nem todos os jovens podem responder positivamente, ocasionando sofrimento psíquico e determinando o surgimento de psicopatologias.
Várias situações a serem enfrentadas, nesse período, podem contribuir para agravar os riscos à saúde mental desses jovens: doenças crônicas que, inclusive, podem levar à hospitalização prolongada; a gravidez precoce e não planejada; os pais com problemas de depressão e/ou alcoolismo, ou mesmo psicoses; exposição a situações de violência de qualquer espécie; enfraquecimento ou ruptura dos laços familiares, podendo levá-los à situação de rua; envolvimento precoce com substâncias psicoativas seja lícito como o álcool ou tabaco, ou ilícitas; trabalho infantil; envolvimento em situações violentas ou ilícitas relacionadas ao mundo do crime.

Assim, torna-se fundamental adotar medidas de proteção que previnam ou diminuam as situações de risco à saúde mental dos jovens, buscando reverter ou impedir o crescimento dos "desafiliados sociais".
Algumas situações de risco precisam ser identificadas precocemente pelos profissionais de saúde e, especificamente, da enfermagem, para garantir ações que busquem diminuir o seu impacto na vida dos adolescentes: os quadros psicóticos, que podem associar-se ao risco de suicídio e outros agravos como usam de drogas, comportamento violento, acidentes e internação psiquiátrica; os meninos de rua representam um grupo vulnerável, e muitas vezes, são categorizados como delinquentes e com comportamento antissocial, insistindo em sobreviver numa sociedade que é hostil à sua presença, mas que necessitam de suporte à sua autoestima; os adolescentes que apresentam dificuldade de aprendizagem escolar e mau comportamento, pois carregam o estigma de "não dar certo na escola e, consequentemente, não vão dar certo na vida".
Saggese & Leite (1999) também ressaltam a importância de reconhecer as diferentes linguagens desses jovens desafiliados, como manifestação de seu universo cultural diferenciado, que expressam respostas "criativas" e "reativas" aos valores dominantes às formas de autoridades representadas por educadores, médicos, professores, juízes, policiais.

As histórias de vida dos adolescentes, seu universo psíquico e cultural com seus costumes, defesas psíquicas e representações, conformam a forma peculiar como elos se relacionam, diferentemente daquelas dos adolescentes da cultura hegemônica.

Muitas vezes, os profissionais de saúde não entendem estas diferentes linguagens, expressas das mais diversas formas. Assim, as estratégias para promoção da saúde mental dos adolescentes devem envolver a organização dos serviços, com a capacitação de seus profissionais.

A adolescência é marcada pela vivência de lutos simbólicos pelas perdas da infância, não apenas para os adolescentes, mas também para seus pais, podendo refletir-se nas formas autoritárias de cobrança que ocorrem nas relações entre pais e adolescentes.
Teles (1993) expressa que a entrada na adolescência é muito dolorosa, principalmente numa sociedade tão complexa, confusa e competitiva. O jovem sente e percebe a sociedade como altamente hostil, vê o mundo adulto com desconfiança, vive a falta de expectativas, esperanças ou sonhos, daí o índice cada vez mais elevado de adolescentes enfrentando as mais variadas formas de depressão, carregados de sofrimento, ansiedade e medo.
Se a adolescência representa um processo de construção e afirmação da identidade, pergunta a autora: como encontrar a si mesmo e afirmar-se em um mundo tão inconsistente, que não oferece modelos atraentes e significativos e com pontos de apoio seguros?

Algumas vezes o adolescente vê-se envolvido por conflitos, sentindo-se sozinho, frágil, ou com
dificuldades para lidar com altos níveis de tensão.

Nessas condições queixam-se do controle dos pais, da falsidade e do egoísmo dos adultos, das mensagens confusas dos meios de comunicação, dos professores mal preparados.

Todos estes problemas se desenrolando num ambiente hostil, sem estímulo, assistência e solidariedade, acabam por levar o adolescente à depressão e, algumas vezes, ao suicídio.
Do que o adolescente carece para não entrar neste estado de angústia que pode levá-lo à morte? De presença, solidariedade, amor, compreensão, diálogo, estímulo, honestidade, de forma que perceba que seus problemas têm saídos e que não está sozinho.
Alguns especialistas afirmam que apesar de alguns dados de morbidade terem diminuído para a população em geral, aumentaram para o grupo de adolescentes. Assim, insistem que "os jovens de hoje são mais suicidas, têm mais depressão, mais gravidez não planejada, usam de mais violência e têm mais mortes violentas que seus predecessores de qualquer outro grupo, na história da humanidade".

O jovem atual identifica realisticamente que não existem oportunidades iguais para todos. Situado entre a infância e a idade adulta, carrega o pesado fardo dos dois períodos: o peso do próprio passado, o peso das falhas das gerações que o precederam. (GUNTER, 1999, p. 87-90)
Segundo Stevenson apud Klein (1997), o suicídio é a segunda causa de morte mais previsível e, dentre o grupo dos mais suscetíveis, estão os adolescentes.

Como eventos precipitantes e mais frequentes que podem preceder o comportamento suicida, podemos citar: confrontos entre os pais, confrontos com os pais, perda de um dos pais, divórcio dos
pais, rompimento de um relacionamento íntimo, fracasso escolar, perda de interesse em atividades habituais, queixas de tédio.
Há três correntes principais que tentam explicar a questão do suicídio: a doutrina psiquiátrica que o associa à doença mental; a doutrina psicológica que o associa a fatores pessoais e motivações particulares conscientes ou inconscientes; a doutrina sociológica que reflete os padrões de relacionamento social, sendo contextualmente configurados.
Podemos refletir que, muitas vezes, há uma junção desses fatores que podem potencializar os riscos e as possibilidades de o adolescente efetivar a tentativa de suicídio. Ou seja, a solução de impasses e problemas temporários na vida dos adolescentes acaba sendo definitiva - a morte. O papel dos profissionais de saúde é o de resgatar, para estes jovens, a perspectiva de soluções dos seus problemas.
Conforma relata Infante (2001), a subjetividade da adolescência caracteriza-se como um momento de conclusão, de escolhas definitivas, de intimação do próprio corpo e o do outro, que podem parecer sem saída, sendo que a solução do impasse confunde-se com o suicídio.
Nessas situações, os profissionais de saúde precisam aprender a identificar a distinção entre o que se chama de "passagem ao ato" e "acting out"2.

A psicanálise diferencia uma situação da outra, através do lugar que "o outro" ocupa, em cada uma delas. O "acting" é dado para ser visto pelo outro quando os argumentos não são ouvidos. Já a passagem ao ato tem uma relação com o outro radicalmente diferente; nela há uma ruptura com esse outro, sai-se de uma situação de diálogo e mesmo da pantomina; a ação não visa provocar nenhuma interpretação ou entendimento, ela é cometida sem aviso prévio, pois todo acordo está por princípio rompido". Essa diferenciação torna-se fundamental para ações de prevenção, visto que o "acting" corresponde às tentativas de suicídio - em geral não efetivas - e a "passagem ao ato" geralmente atinge seu sucesso, pois sua intenção não é demonstrativa e sim baseada no próprio sujeito. Nesse processo da adolescência, carregado de instabilidades, rupturas e reconstrução de ideais, a contribuição dos serviços que trabalham com adolescentes para prevenção é proporcionar um espaço aberto às falas desses jovens que os frequentam, num acolhimento às situações peculiares por elos vivenciadas (INFANTE, 2001, p. 400-401).
Alguns indicadores associados às situações potencialmente destrutivas podem ser listados para conhecimento e difusão entre os profissionais das mais diversas áreas, bem como pais, familiares e amigos que convivem no espaço social. Dentre eles, citamos:
Comportamento em classe - declínio na produção, absenteísmo, pouca concentração, comportamentos rebeldes repentinos, temas sobre a morte dominando a produção, perda de interesse em atividades previamente prazerosas.

Comportamento interpessoal - abandono das relações, mudanças repentinas nas relações, evitação de envolvimento e de ser tocado. Podemos incluir, aqui, também a perda de uma pessoa querida, suicídios recentes de amigos ou parentes, ruptura com o namorado ou namorada, exposição à violência, incesto ou estupro e situações de desapontamento ou humilhação.

Situações físicas - o abuso de substâncias psicoativas, gravidez indesejável, entre outras.
Expressões verbais de tentativa de suicídio ou depressão - afirmações diretas de intenções ou formulações indiretas do tipo “ninguém se importa se estou vivo ou morto”.

“Comportamento em casa - depressão ou doença mental na família, incesto ou abuso, relacionamento parental conflitante, falta de comunicação, exagerada pressão no sentido do desempenho” (Infante, 2001, p. 403).

A ideia de suicídio representa, portanto, algo imaginário, e o desejo de verdadeiramente efetivar o suicídio é mórbido. Essa fronteira é muito delicada e é desejável falar sobre a morte com franqueza, com os adolescentes que apresentam problemas.

A ideia do suicídio é uma fuga para além do comportamento habitual. Conforme relato de Dolto (1990, p.122), alguns jovens que chegam a este ato autodestrutivo estão convencidos de que é um peso para suas famílias, sentem-se culpados por terem nascido e não se sentem desejados ou aceitos.

Há um sentimento que reflete ausência de toda possibilidade de esperança, alegria, amor por si e, quando se cria o fantasma do suicídio, o jovem experimenta uma espécie de poder sobre si mesmo, envaidece-se com a ideia da morte e com a emoção que vai causar aos que o consideraram de menos. Para elo, trata-se de uma conduta de risco vinculada a uma aventura, fantasia ou agressão.
Assim, uma ação fundamental é oferecer ao jovem a possibilidade de acreditar no amanhã, no seu papel de protagonista da própria vida, na sua potencialidade transformadora.

Ao pensar sobre que tipo de jovem a enfermagem quer contribuir para formar, concordamos com Costa (1999, p.75) ao concluir que é aquele jovem autônomo, solidário, competente e participativo.

Nessa concepção, elo emerge como fonte de iniciativa (é dele que parte a ação), de liberdade (na raiz de suas ações está uma decisão consciente) e de compromisso (responde por seus atos). Não é o problema, mas representa a solução!
Princípios a serem considerados na atenção à saúde com adolescentes em situações de risco e vulnerabilidade para depressão e suicídio
Os cuidados básicos com os seres humanos em risco de suicídio incluem: utilizar a relação pessoa-pessoa; não julgar; adquirir confiança pela empatia; respeitar a privacidade; dar atenção; procurar fazer aliança com a família; oferecer apoio e encaminhar para assistência competente.
A família pode apresentar sentimentos de negação, raiva, vergonha, culpa e medo de seus impulsos autodestrutivos. Portanto, é necessário: auxiliar a lidar com o sentimento de culpa, apoiar no reconhecimento e superação de atitudes distorcidas, ajudar a contemplar o futuro, encorajar o extravasamento do sentimento de raiva, explorar o sentimento de abandono.
Objetivos
Identificar características comportamentais e ambientais envolvendo adolescentes que possam sugerir depressão e risco para suicídio;
Atuar preventivamente, e;
Promover assistência integral e de qualidade o adolescentes e suas famílias, em situações de depressão e tentativa de suicídio.
Apoio social
Advogar em prol de serviços de apoio social a grupos considerados de risco para depressão e suicídio.
Práticas gerenciais e de participação favoráveis
Capacitar profissionais de saúde e de enfermagem que trabalham nos serviços de emergência, para atendimento adequado às situações de tentativa de suicídio;

Identificar serviços ambulatoriais de referência para encaminhamento dos adolescentes atendidos nos serviços de emergência, com diagnóstico de depressão e tentativa de suicídio;

Propor a criação de Centros de Referência de atendimento à saúde mental dos adolescentes, constituído por equipe multidisciplinar;

Sensibilizar e capacitar a equipe de enfermagem para uma abordagem competente e humanizada o adolescente em situação de depressão e tentativa de suicídio;

Formar grupos de estudos de caráter permanente, com a equipe multidisciplinar, sobre temas de saúde mental.
Suporte familiar
Procurar estabelecer uma aliança e diálogo com a família diante de reações como negação, raiva, vergonha, culpa e medo de seus impulsos autodestrutivos;
Realizar ações que auxiliem a família a lidar com o sentimento de culpa, atitudes distorcidas com relação adolescente ou situação de morte: ajudando a reelaborar projetos de vida; encorajando o extravasamento do sentimento de raiva; explorando o sentimento de abandono;

Promover o atendimento à família do adolescente, buscando identificar pontos de conflito na relação intra familiar que possam comprometer a saúde mental do adolescente;

Abordar com a família o seu sentimento de culpa, buscando transformá-lo em comprometimento com o cuidado o adolescente.

Acolhimento dos adolescentes e de suas necessidades e demandas.
Acolher o adolescente através de uma atitude não julgadora ou preconceituosa;

Adquirir a confiança pela empatia;

Garantir privacidade na assistência;

Dar atenção à expressão de seus sentimentos e experiências;

Encaminhar para serviços de referência em atenção à saúde mental.

Práticas educativas e de comunicação em saúde
Discutir as alterações do comportamento e situações físicas dos adolescentes, que sugerem situações de risco de suicídio e que requerem observação mais atenta;

Promover palestras e debates sobre depressão e suicídio na adolescência, em escolas, grupos de jovens e associações de bairro, para alertar os jovens, famílias e outros sobre os riscos e recursos de apoio;

Promover palestras e debates sobre o tema para educadores e outros profissionais que desenvolvem atividades com adolescentes.

Acompanhamento físico-emocional
Nos casos de risco de suicídio de adolescentes internados em hospitais:

Manter vigilância permanente;

Afastá-los de medicamentos, bisturis e outros objetos cortantes;

Evitar acúmulo de lençóis no leito e controlar seu uso;

Manter janelas fechadas para evitar quedas de locais mais altos;

Observar a situação dos banheiros utilizados, em relação a elementos que possam ser utilizados para o suicídio (altura das janelas, trancamento da porta, toalhas, mangueiras e outros);

Solicitar a possibilidade de permanência de familiares ou outras pessoas ligadas afetivamente, como acompanhantes.
Referências Bibliográficas
COSTA, Antônio Carlos Gomes Da. O adolescente como protagonista. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos juventude, saúde e desenvolvimento. Brasília, v.1, p.75-79, 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos juventude, saúde e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 1999. p.75-79.
DOLTO, Françoise. Los suicídios de adolescentes: una epidemia ocultada. In: DOLTO, Françoise. La causa de los adolescentes: el verdadero lenguaje para dialogar con los jóvenes. Barcelona: Seix Barral, 1990. p. 107-126.
GÜNTHER, Isolda de Araújo. Adolescência e projeto de vida. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos juventude, saúde e desenvolvimento. Brasília : Ministério da Saúde, v. 1, p.86-92, 1999.
INFANTE, Domingos Paulo. O suicídio na adolescência. In: SAITO, M. I.; SILVA, L. E. V. (Org). Adolescência: prevenção e risco. São Paulo: Atheneu, 2001. p.399-403.
KLEIN, Taíse Costa Ribeiro. Cuidados de enfermagem ao paciente com risco de suicídio. Florianópolis, 1997. Monografia (apresentada no Curso de Especialização em Projetos Assistenciais) - Hospital Universitário, Universidade Federal de Santa Catarina.
LUZ, Maria Teresa Machado; CASTRO E SILVA, Ricardo de. Vulnerabilidade e adolescências. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos juventude, saúde e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, v. 1, p.93-96, 1999.
SAGGESE, Edson; LEITE, Lígia Costa. Saúde mental na adolescência: um olhar sobre a reabilitação psicossocial. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos juventude, saúde e desenvolvimento. Brasília : Ministério da Saúde, v. 1, p.197-205, 1999.
TELES, M. L. S. O que é depressão. São Paulo : Brasiliense, 1992.

Por: Silvana Maria Pereira


Fonte: Matéria retirada da revista Adoecer
Vídeo do Jornal da Record, matéria: "A Vida por um fio"

É muito difícil analisarmos o que leva o adolescente a cometer o suicídio, sem que todos esses cuidados colocador por Silvana Maria Pereira, nessa matéria muito bem elaborada sejam observados bem de perto por todos nós.

A adolescência consiste numa etapa da vida em que o indivíduo procura estabelecer sua identidade adulta, sobrepujando a da identidade infantil, portanto um momento transitório, cheio de mudanças, descobertas, expectativas, medos, anseios, autoafirmações, e a grande necessidade de “estar no grupo”.

Recebi na clínica um adolescente de 14 anos que a mãe reclamava que tinha feito ameaças de suicídio querendo se jogar embaixo de algum carro em movimento, porque a mãe não lhe dava a liberdade que ele achava justo ter.

Em breves sessões ajudei-o a entender que para se conquistar a liberdade que ele queria, era necessário que ele levasse junto à responsabilidade que faz parte do pacote.

Muito inteligente percebeu que ainda não tinha idade física, mental, intelectual e jurídica para assumir as responsabilidades que a liberdade exigia, concluindo que não basta querer, é necessário ter condição para obter!

Quanto às ameaças de suicídio, era no caso dele uma forma de chantagear a mãe, demonstrando a si próprio a sua visível imaturidade ainda diante da vida, que nessa fase é muito natural.

Em outra ocasião uma adolescente por ter sido abandonada pelo namorado, depois de vários conflitos, entrou num processo depressivo e se negava a alimentação de forma inconsciente, por mais que tentasse não conseguia se alimentar; vejamos que nesse caso iniciou-se uma forma de suicídio inconsciente para “punir” aquele a quem fora o “autor” desse sofrimento, não percebendo conscientemente a gravidade do ato para si; já nessa situação foi lançado mão do auxílio médico, além de muitos dias de análise e mudança de escola, não tendo mais contato com o “autor” do sofrimento, foi o suficiente para restabelecer o equilíbrio da jovem, claro que foi recomendado aos pais uma atenção mais próxima do comportamento da jovem daquele momento por diante.

Mas há situações bem graves que envolvem problemas mentais, drogas e de comportamentos resultantes do meio como foi abordado no texto acima de Silvana, sendo necessário, portanto atendimento médico psiquiátrico com apoio terapêutico.


Acredito que acima de tudo nós pais, educadores e profissionais, devemos estar aptos na observação desses jovens, procurar estar por perto sem invadir, monitorar sem limitar demais seus passos nesse momento tão necessários e principalmente nos colocar a disposição em “ouvir” estar atento quando, como e o quê o jovem fala e também quando esse se cala, às vezes o silêncio fala mais alto que qualquer grito!


Para isso, convido os pais e educadores ao aprimoramento geral de nossos conhecimentos, preciso é nos preparar para atender a essa nova adolescência com uma demanda muito grande de informações e que por isso mesmo, nos desafiam a todo instante.

A você adolescente, procure não se esconder atrás do computador, aproveite esse recurso maravilhoso, a internet para perguntar, questionar, concordar e discordar; tenha a certeza que você esta com uma oportunidade enorme em relação a nós da geração x, que víamos o mundo pela janela de casa, enquanto você geração y ou z descobre o mundo pela tela do computador dentro de casa.

Para todos: Qem pensa em suicídio, não pensa em morrer, mas em amtar a dor insuportável!

Outro sites que podem ajudar:








Vanderli Aparecida Pantolfi da Costa é Palestrante, Psicanalista
Saiba o que é: Terapia online
                                     


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Comentários

  1. Esse é um tema muito importante, porém muito esquecido e ainda pouco explorado hoje em dia. Não se fala nisso nas escolas e os pais nem sempre tem entendimento e tempo para perceber e ajudar.

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  2. Concordo com você! Precisamos nos unir em prol de mudanças nossas de comportamentos diante da realidade que vivemos com nossas crianças, adolescentes e jovens. É necessário mesmo falar sobre o assunto em casa, nas escolas e nas casa religiosas.Logo colocarei uma experiência sobre esse assunto.
    Obrigado, continue participando!

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