Começamos com Anna Freud:

Eles oscilam entre uma submissão cega a um líder eleito e uma rebelião desafiadora contra qualquer tipo de autoridade. São egocêntricos e materialistas e, ao mesmo tempo, cheios de idéias elevadas. (...) (ANNA FREUD apud ALLANTIN,1978 ,p. 53).
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COMPORTAMENTO
| N° Edição: 2111 | 23.Abr.10 - 21:00 | Atualizado em 18.Out.12 - 10:32
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Caem os mitos sobre a adolescência
Uma série de estudos revela que os jovens não são tão inconsequentes, egoístas e preguiçosos quanto parecem
Claudia Jordão
O grupo é cada vez mais valorizado. Mas os adultos também têm voz
Quando o assunto é criação de filhos, cada fase tem sua
beleza e seus dissabores. Cabe aos pais aprender a lidar com uma nova criança
que desabrocha a cada etapa que se inicia. A adolescência, no entanto, é vista
como um bicho de sete cabeças. Nesse momento de transição, quando começam a se
descobrir adultos, os filhos sentem vergonha, questionam, desafiam e se afastam
– só para citar alguns aborrecimentos típicos. “A adolescência é, sem dúvida, a
fase mais temida”, afirma a hebiatra (médica especializada em adolescentes)
Jayne Blanchard, do Centro para a Saúde do Adolescente, da Escola de Saúde
Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos. “Mas, muitas vezes, os
jovens agem de determinada maneira simplesmente porque é da sua natureza.”
Depois de notar as dificuldades de muitos deles para entender a própria cria,
Jayne e a também hebiatra Clea McNeely lançaram o livro “The Teen Years
Explained – a Guide to Healthy Adolescent Development” (A Adolescência
Explicada – um Guia para um Desenvolvimento Saudável de Jovens).
Recém-lançada nos Estados Unidos (e sem previsão de chegada
ao Brasil), a publicação reúne as principais descobertas científicas sobre o
funcionamento cerebral do jovem de 10 a 19 anos e se apoia em estudos relevantes
sobre essa faixa etária. Com esses recursos, derruba alguns mitos consagrados
sobre os adolescentes. Como, por exemplo, de que eles são egoístas e não têm
noção do perigo. “Nessa fase, o jovem ganha 50% de seu peso de adulto, torna-se
capaz de se reproduzir e experimenta um enorme desenvolvimento cerebral”, diz
Clea. “Tudo isso, ao mesmo tempo que descobre a paixão, a amizade e a vida
profissional.” A velocidade dessas transformações contribui para a insegurança
paterna. “Esse desenvolvimento é caracterizado pela falta de sincronia. Então,
apesar de eles crescerem de tamanho, têm os lados cognitivos e emocionais
imaturos.”
O livro das médicas americanas demole, por meio de pesquisas
recentes das mais renomadas instituições, máximas relacionadas ao temperamento
adolescente. Afinal, que pai nunca chamou o filho de 10 a 19 anos de egoísta ao
menos uma vez? As autoras explicam que é injusto dizer que os mais novos só
pensam neles. “De fato, mudanças cerebrais estimulam os jovens a pensar mais
neles, especialmente por volta dos 15 anos”, explica Clea. “Mas, ao mesmo
tempo, o desenvolvimento cognitivo os leva a focar em algo mais profundo e
denso.” Prova disso é que os adolescentes levantam suas bandeiras com fervor.
Por exemplo, um jovem que fica sabendo da crueldade praticada contra aves nas
granjas tende a se tornar vegetariano, segundo pesquisas.
Ousados, audaciosos, intempestivos... A ideia de que os mais
novos ainda não têm noção do perigo tira o sono dos pais. Mas, se depender das
pesquisadoras Jayne e Clea, eles podem voltar a dormir sossegados. Hoje, um
maior conhecimento dos processos cerebrais revela que os jovens sentem medo
sim, por exemplo, de contrair doenças sexuais ou usar drogas ilícitas. Por
outro lado, a consciência do risco não os imobiliza. O estudo “Perspectiva
Social e Neurocientífica do Comportamento de Risco do Adolescente”, do
psicólogo americano Laurence Steinberg, de 2008, mostra que, ao ignorar o dano
e enfrentar a situação, o adolescente se sente mais recompensado do que um
adulto se sentiria. “Ressonâncias magnéticas revelam que a região do cérebro
que recebe estímulos compensatórios do risco alcança níveis elevadíssimos nessa
fase”, diz Clea.
Comer e dormir muito faz parte do pacote cerebral
Enquanto isso, explicam as pesquisadoras, a área cerebral
que controla impulsos só amadurece na idade adulta. Além disso, o jovem se
coloca em situações arriscadas em nome da aceitação social. E é essa a
principal preocupação dos pais, segundo a presidente da Associação Brasileira
de Psicopedagogia, Quézia Bombonatto. “Sabem dos males, mas fumam, bebem e usam
drogas para impressionar os colegas e não serem excluídos do grupo”, diz ela.
“Nesse sentido, cabe uma orientação para que eles, ainda sem estofo para
enfrentar pressões sociais, fortaleçam a sua personalidade.”
RELAÇÃO PROFUNDA
Embora pareçam estar sempre contra os pais, é a eles que os
jovens
recorrem quando precisam falar de assuntos sérios e
delicados
Especialistas são unânimes: a jornada de pais de filhos
adolescentes tem de ser feita lado a lado. Afinal, não se trata mais de uma
relação com uma criança que pode ser colocada no colo e convencida das verdades
do mundo, mas sim com um aprendiz de adulto, que tem suas próprias convicções.
O livro das médicas da Johns Hopkins deixa claro que os dois lados têm sua dose
de responsabilidade, ainda que inconsciente, no aumento dos conflitos desta
fase. Se de um lado há a falta de conhecimento dos pais, do outro há a
imaturidade cerebral dos filhos. “Nesse momento, adultos e adolescentes veem as
coisas de maneira diferente porque seus cérebros funcionam de formas
distintas”, explica Clea. Os mais velhos precisam entender que os mais novos
têm dificuldade de encontrar o meiotermo em argumentos e opiniões. “Eles tendem
a ver tudo preto ou branco e por isso são tão radicais quando defendem o seu
ponto de vista.”
A adolescência é a fase mais temida pelos pais
Um bálsamo para pais presente no livro diz respeito à imagem
que eles acham que seus filhos fazem deles nesta fase. Muitos reclamam que seus
rebentos gostam de desafiá-los o tempo todo e só ouvem os amigos. Outra
afirmação que os estudos recentes derrubaram solenemente. É da natureza do
jovem discordar do adulto. Eles encaram os conflitos como uma maneira de
expressar seus sentimentos, enquanto os mais velhos levam para o lado pessoal.
Além disso, adolescentes afirmam – e pesquisas confirmam – que os pais ou
outros adultos, como parentes ou professores, são a sua maior influência.
“Nessa época, os jovens se afastam dos pais e formam seu círculo social. É
nessa fase que passam a valorizar as amizades”, diz Clea. “Mas isso não
significa que eles não procurem ou não ouçam os adultos em questões mais
densas.”
Acredita que nem preguiçosos eles são? Os pobres rapazes e
moças precisam de mais horas de sono, algo em torno de dez horas, por questões
biológicas. Falando sobre o organismo da garotada, quem acha que o jovem tem
metabolismo milagroso deve rever seus conceitos. “Engana-se quem pensa que ele
pode comer o que quiser e quanto quiser sem engordar”, diz Clea. No Brasil,
dados do IBGE (2002-2003) revelam que 15,4% dos jovens brasileiros têm excesso
de peso e 2,9% são obesos. Com as revelações, o livro é uma bússola para pais
sem rumo. Com informação, tudo pode ser diferente.
Matéria da revista ISTO É: acesse aqui
Psicanalisando:

Parecia que não gostava de mim, e em algumas vezes achava
até que me odiava... Ficava muito preocupada com seu futuro, e se ela
continuasse com esse comportamento, como seria sua vida adulta? Confesso que
perdi muitas noites de sono me questionando no que tinha errado, e me culpava
por ter sido ausente em sua infância por me dedicar ao trabalho integral,
dentro outras coisas mais...
Então veio a “psicanálise” um mundo de descobertas,
acredito que todo ser humano precisa
dessa oportunidade “em ser ouvido”; um mundo de conhecimentos pessoal, de
entendimento de comportamentos...
E comecei a compreender um pouquinho da
adolescência. Nesse período minha filha já entrando na fase adulta, mudou, repito
m-u-d-o-u, de repente voltou a ser aquela menina carinhosa, responsável e
amorosa que sempre fora quando criança. O que aconteceu? Onde foi parar o
egoísmo, a rebeldia, os desafios de limites?
Não tive muito tempo para pensar nisso, porque
agora era vez do menino, (trocava-se os papéis, agora ela a boazinha e ele o
vilão) entrava ele na adolescência, os mesmos comportamentos, piorados um
pouco, no que diz respeito aos estudos, este me apresentava mais desleixado
nesse assunto.
Então decidi que não iria cometer os mesmos erros,
entenderia suas agressões, seus desafios, sua intolerância e seu egoísmo; era
necessário confiar na educação que lhe dei desde o nascimento, do amor que o
envolvi assim como com minha filha.
Estamos ainda no meio dessa experiência, confesso
que não é fácil, mas muito gratificante, dessa vez tenho mais experiência, com
meus clientes adolescentes e minha “moça” (fico emocionada de ver como esta tão
responsável) que me ajuda a entender esse processo, por já ter vivido essa
fase.

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Até que enfim alguém se ligou que a gente tem muito sono.
ResponderExcluirNossa,foi muito bom ouvir isso.Volto a ter mais confiança e esperança de que um dia isso vai passar,parece uma eternidade,as vezes sinto que não vou resistir.Obrigada por suas palavras me sinto mais fortalecida.
ResponderExcluirEu quem agradeço! Vai sim, vai passar.
ExcluirA vida é maravilhosa cheia de ciclos que se fecham e outros que se abrem, tudo em prol de aprendizado.
Obrigada por sua particiação!