Num Momento de Desespero a Resposta Vem do Céu

@vectorpocket

Por Vanderli Pantolfi

Era ainda de madrugada, todos dormindo em seus lares, e de repente um estrondo nunca ouvido naquelas terras. O que seria aquilo? Todos levantaram sobressaltados, inclusive Maria, uma jovem de apenas 22 anos. Correram para fora, e vislumbraram uma imensa luz roseada estranha no céu, que se movimentava para todos os lados, parecia cobrir todo o céu.

- O que será aquilo?

É o que todos comentavam ao mesmo tempo em que olhavam aquela imagem perplexos.

Maria ficou chocada também com o que viu, porque para ela era mais sinistro ainda, afinal, tivera um sonho nessa mesma noite em que as coisas aconteciam exatamente daquela forma, o mesmo som, a mesma luz, o mesmo desespero de todos, sem saber o que acontecia.

Diante disso, Maria pegou papel e caneta e começo a escrever do que se lembrara do sonho:

"Após o espanto e perplexidade de todos ao vislumbrar aquela enorme luz a cobrir praticamente todo o céu, raios de luzes azuis começam a despencar por todas as partes do Céu e ao tocar na terra, algo estranho acontecia, formas humanas de homens e mulheres totalmente azulados começavam a se movimentarem em todas as direções onde estavam as pessoas aglomeradas. Então o medo, desespero e pânico tomaram conta de todos, inclusive de mim mesma que temia pela minha vida, dos meus familiares e de toda comunidade.

Mas tudo isso foi se perdendo pra mim quando observei que os SERES AZUIS ao se aproximarem das pessoas, emitiam uma Luz azul que praticamente paralisaram as pessoas numa sensação de êxtase. Inacreditável que meus olhos viam.  

- O que era tudo aquilo? Quem eram esses seres? 

Eu me perguntava. Desse mesmo jeito, uma forma feminina chega até nós, a mim e a meus familiares. Então, eu também pude sentir aquela Luz Azul de tranquilidade me envolver e a toda minha família, era algo inexplicável, uma sensação de leveza e amor que me invadiu todo o meu ser, fiquei extática, imóvel, feliz, plena!

Um tempo se passou até que eu recobrasse a racionalidade e observei que todos também iam voltando aos poucos. E inexplicavelmente tudo havia sumido aqueles seres e a imensa luz roseada que cobria todo o Céu. Mas a sensação ainda estava comigo e esta até agora, quando percebo tudo se repetindo, os raios, os seres, a sensação de plenitude..."

E como no sonho, Maria desperta para a realidade e tudo sumiu, ficou apenas aquela sensação boa nela e em todos.

Ninguém conseguia explicar, mas, aos poucos foram retornando todos para suas casas, recobrando o sono e voltando a dormirem profundamente, assim também Maria.

No dia seguinte, ao acordar, Maria se levantou logo pra saber se havia novidades sobre o ocorrido. Ao adentrar a cozinha para o café, tudo estava como de costume. Nada diferente, seus pais e irmãos não comentaram nada. Que estranho, ela observou.  Saiu as ruas, nada também, tudo normal, as pessoas cuidando de suas vidas, sua rotina.

Maria ficou perplexa, correu na vizinha sua amiga, ela precisava comprovar que não estava ficando doida. Margareth tinha 21 anos, eram amigas desde criança, ela lhe entenderia. Sua amiga ainda estava despertando quando Maria entra em seu quarto esbaforida.

- O que foi Maria?

Pergunta ela sem entender nada. Maria então lhe sonda para saber se ela lembrava-se do estrondo de madrugada. A amiga diz que não ouviu nada, teve um sono profundo e que estava se sentindo muito feliz, na verdade fazia muito tempo que não sentia tão bem! Maria então ficou confusa, e achou melhor não falar nada.

Saiu da casa da amiga, e começou a andar aleatoriamente pelas ruas, sem entender o que tinha ocorrido, preocupada se perguntava:

"- Meu Deus será que estou ficando doida, ou enlouquecendo?  Só eu me lembro de tudo, e ainda o sonho..."

Perdida em seus pensamentos chegou a um lugar próximo ao riacho que abastecia a cidade e viu algumas pessoas ali reunidas, como se magnetizada fosse se sentiu atraída pra junto delas. Ao se aproximar, viu algumas pessoas conhecidas e todos pareciam falar ao mesmo tempo. Até que um Senhor idoso, Sr. Thomas, pediu calma e silencio a todos, pediu que todos se sentassem e se dispôs a falar:

- Meus amigos, assim como vocês eu fui despertado com o barulho, visualizei também a imensa luz roseada no céu e tive a imensa satisfação de sentir a plenitude que nos foi ofertada por aqueles seres azuis.  Sei que muitos chegaram a pensar que estavam enlouquecendo, mas garanto a vocês que não.  Todos foram beneficiados com a LUZ DO AMOR, mas somente nós fomos despertados para ELA!

Maria sem que pensasse, de supetão, perguntou ao Sr. Thomas:

- Por que só nós e não também nossos familiares?

Sr. Thomas com o semblante tranquilo respondeu a ela distribuindo o olhar a todos ali:

- Porque fomos nós que pedimos para ajudar, e a quem foi pedido foi concedido! 

Um silêncio de reflexão pairou no ar. Maria se lembrara de quantas vezes pedira a Deus para ser instrumento de auxilio as pessoas, porque não sentia em paz diante de tanto sofrimento, tantas injustiças, maldades e misérias no mundo. Qual era o sentido de tudo aquilo se ela queria, mas não podia fazer nada.

E o Sr. Thomas continua após alguns minutos:

- Entendam que estão aqui porque querem ajudar, e fazer a diferença para melhor em suas vidas e nas vidas das pessoas? Vocês estão aqui porque vibram todos na mesma sintonia, na LUZ DO AMOR. Se não temos familiares aqui conosco é porque ainda não foram despertos, e cabe a nós esse mérito. Assim como levar a LUZ DO AMOR a TODA HUMANIDADE.  O AMOR que começa em NÓS e se estenderá a todos que o levarmos. Assim, conclamo a todos vocês que a partir de agora, sejamos A LUZ DO AMOR a reinar no MUNDO, despertando as pessoas onde quer que eles estejam.

I. Diógenes / M.Jorge

Vanderli Aparecida Pantolfi da Costa é Palestrante, Psicanalista, 

Hipnoterapeuta, Terapeuta em Regressão, Terapeuta em Ressonância Psicoterapêutica  e PDI

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