FILMEterapia: O Filme Um Homem de Sorte (O Poder das Crenças Quando Não Trabalhadas)


Por Vanderli Pantolfi
Republicado: 25/05/2020

Antes de assistir esse filme, e sem saber que iria assisti-lo,  fiz uma postagem no instagram: "Quem nunca teve conflitos com os pais? Impressionante a lei da sincronicidade porque o filme retrata bem isso.

O filme "Um Homem de Sorte" exibido pela Netflix  baseado no livro "Lykke-Per", do autor dinamarquês Henrik Pontoppidan, é um drama de época em pleno século XIX, dirigido por Bille August, e conta a história de Peter Andreas Sidenius , um jovem talentoso estudante de engenharia que teve sua origem em uma família muito religiosa cristã na cidade de Juthand,  na Dinamarca.  

Após ser admitido em uma faculdade, o jovem deixa suas raízes contra a vontade do pai para tentar a sorte em Copenhague para realizar seu projeto de engenharia de produzir energia elétrica que desenvolve desde criança, um projeto revolucionário para época onde a energia era produzida através do carvão.

Assim o filme segue, e não é meu desejo contar aqui como termina, mas sim fazer uma análise terapêutica dessa obra muito bem escrita, por retratar de forma clara a realidade do quanto as crenças que nos foram impostas sejam pela familia, sociedade e ou arquétipos, e comprovar o quanto elas no  movem e dão direcionamento em nossas vidas, contra nossa vontade por mais que tentamos fugir delas.

O que o filme aborda nesse contexto terapêutico, é o que deparamos em clinica diariamente. Qualquer que seja a queixa apresentada pelo cliente, sua origem sempre estará nas relações com os pais, sejam elas na fase intrauterina,  no nascimento e ou na primeira infância.

No filme o jovem "Per" não sabendo como lidar com as crenças dos pais foge literalmente para um cidade grande, mas o que ele não podia imaginar é que as crenças que lhe foram impostas o acompanhava, estavam em seu inconsciente.  E todas as vezes que se deparava com situações de hierarquia, ele via a figura paterna a lhe cobrar comportamentos que iam contra sua essência, mas a qual estava submisso inconscientemente e naqueles momentos a figura do adulto dava lugar a criança revoltada diante da situação. 

Assim acontece com todos nós quando tentamos desesperadamente fugir de nossas crenças, seja: "indo embora", " fechando a porta para o passado", "sumindo no mundo".

Não é assim que resolve! 

Primeiro, é importante admitir as mágoas e raivas  que sentimos por nossos pais. É natural que tenhamos esses sentimentos pelos genitores. Admitir isso já é um bom começo terapêutico.  

Essa frase intitulada a Jesus no evangelho: "Quem não aborrecer (odiar em algumas obras) pai e mãe não entrará no Reino do Céus!"  É perfeita para explicar isso.  Admitir que você sente essas emoções,  entender porque as sentiu e o que levou os pais agirem daquela forma, é extremamente catártico resultando numa paz interior fantástica. 

Sempre digo a meus filhos e aos clientes: "Se tem algo a resolver com seus pais procure entender e liberar isso o quanto mais cedo, caso contrário ficará preso a essa situação."

Observe que muitos filhos voltam a casa dos pais depois de terem experienciado o mundo ou após casamentos desfeitos; também os pais indo morar com os filhos. Você pode  até dizer que é por condições financeiras ou qualquer outra coisa, porém, posso lhe garantir, é uma oportunidade que o Universo concede para resolverem as pendências, mágoas e ressentimentos.


Segundo, com a Terapia Regressiva, constatamos que é importante aceitar os pais que nos foram atraídos para nosso crescimento moral. Agradecer de terem cooperado com nossa gestação,  depois com o nascimento, e mais ainda com a criação.  Eles poderiam nem terem nos aceitado para sermos gerados  ou permitirem nosso nascimento,  ou poderiam ter nos dado em adoção. Não Importa  se cumpriram com todas essas fases, o que importa é que nós nascemos dos nossos pais, e somente por isso já devemos agradecer.  Se eles não foram ou não são os pais ideais  que sonhamos, pode ter certeza que são os melhores que nós precisamos para evoluir moral e emocionalmente, e por isso merecem toda nossa gratidão. Portanto, dê a seus pais o melhor que você têm, e estará totalmente livre pra ser feliz!

Talvez isso explique a frase evangélica:  " Quem não honrar pai e mãe não entrará no Reino dos Céus". Honrar pai e mãe é aceitá-los como são com suas crenças e dar a eles o melhor que você puder, mesmo que não concorde com eles ou que não tenha recebido "nada" deles.  O Reino dos céus é a paz de consciência que todos almejamos. 
Se quer ter paz, aceite seus pais, perdoe e os ame!

"Per" no filme descobre essa compreensão  e o amor pela dor. E você?

Obs*  Gosto muito de usar o evangelho, porque o considero o mais importante livro psicológico já criado, é terapêutica profunda e eficaz.


Veja aqui o Vídeo feito no Facebook no dia 25/05/2020:
FILMEterapia: "Um Homem de Sorte" numa Visão Psicoterapêutica





O que Você achou da matéria?

Vanderli Aparecida Pantolfi da Costa é Palestrante, Psicanalista
Saiba o que é: Terapia online
                                     

Clique aqui e agende sua #terapiaonline

Gostou da Matéria?
DEIXE SEU COMENTÁRIO!
Sua opinião é muito importante pra mim.

👉  Para comentar clique em "comentários" (caso a caixa de comentários não estiver aberta).

*** SE INSCREVA NO BLOG ***
Adicione seu e-mail para receber novas publicações.

Comentários