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REDE de ÓDIO - O Que Pode Estar Por Trás da Tela do Celular ou Notebook? FILMEterapia:



Por que Rede de Ódio?

Esse filme já foi Top 8 da Netflix e traz um assunto muito atual sobre as fake news e o ódio descabido e descontrolado disseminado nas redes sociais pelos chamados “haters”. Isso sem falar das fake news, que movem governos, sociedade, instituições e as campanhas de manipulação de opinião pública e difamação.

Esse longa-metragem polonês dirigido por Jan Komasa (de ‘Corpus Christi’, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro) aborda justamente os limites e os perigos desse tipo de comportamento e desse subproduto da internet. 


Tomasz (Maciej Musiałowski), um jovem estudante de direito é expulso da faculdade por plágio de um trabalho. Logo no início diante dos professores percebemos que tenta ser manipulador, mas fracassa. Depois, em visita a família Krasuck, família muito rica que o mantém na universidade, ele não informa o ocorrido e tenta ser carismático chamando o casal de “tio” e “tia”, como fazia na infância, quando a família alugava a fazenda de seu pai em férias. Esse seu comportamento, traz certo constrangimento para a família, além de ele deixar escapar que sabe muito sobre a vida da filha, Gabi (Vanessa Aleksander), o que não parece normal, já que tem tão pouco contato com ela.

Ao sair, deixa o celular gravando tudo que a família diz sobre ele, para logo depois voltar, fingindo que esqueceu no sofá e ouve o que falam dele: “esquisito” e “perturbador”, dizem com desdém e zombaria. Sua reação é fria e começa a mostrar sua personalidade.


Logo depois, ele é contratado por uma agência de mídias sociais especializada em destruir reputações no mundo virtual, onde fica incumbido de perseguir e difamar influencers e figuras políticas, como o candidato a reeleição a prefeitura da capital polonesa que vive uma onda de ódio aos imigrantes.




O filme cria uma história que vai se emaranhando conforme o protagonista vai se envolvendo com suas vítimas, colegas de trabalho e familiares, usando tudo a sua disposição, sedução e até mesmo jogos virtuais, criando assim uma rede de ódio.  O processo é tão rápido que acaba por nos confundir nesse jogo de planos que nos desafia a estar sempre atentos ao próximo passo de Tomasz.



A origem de Tomass não é revelada, mas se deduz pela conversa, que veio de uma família pobre, provinciana e disfuncional. Ele cobiça a vida dos Krasuck e tem uma fixação por Gabi, a filha do casal.  Determinado a se introduzir no círculo da família, ele não mede esforços para alcançar esse objetivo, assim, no novo emprego ele cresce, pois tem o talento inato para trollar (uma gíria da internet que significa zoar, chatear, tirar o sarro), desinformar, mentir, arruinar reputações e fomentar rancores. 



Tomasz passa a ter prazer em fingir que trabalha por um candidato liberal, amigo da família Krasuck, também liberal, mas que na verdade trabalha para o concorrente, e ao mesmo tempo ele passa a incitar campanhas homofóbicas, racistas e nacionalistas contra o candidato nas redes, cumprindo seu dever além da conta e ao mesmo tempo se vingando daqueles que afastaram Gabi de perto dele e que se acham superiores.

Na verdade nesse longa, vemos um liberalismo deslumbrado da família Krasuck e a sua certeza de que são “melhores” chegando a serem esnobes e exigentes de mudanças para os outros, porém, se percebe que apesar disso, parecem sofrer pelo caos que vive o pais.

Um filme perturbador, mas necessário por trazer questões reais e atuais.

Visões psicoterapêuticas dos personagens:



1.  Gabi e família: 

Ela uma jovem com visíveis transtornos emocionais originados da criação de pais petulantes e pretensiosos que se acham perfeitos e que estão acima dos outros, provavelmente oriundos de crenças familiares. Dessa forma, Gabi, se torna uma presa fácil.

2.      Tomasz: 


Vemos nesse personagem um psicopata:

·         Age de forma carismático, manipulador;

·         Programa cada passo, sem se importar com as pessoas ou situações;

·         Totalmente livre de culpas.

·    Mantém seu emocional e físico inabalável, de modo a se organizar no seu         comportamento criminoso.

·        Não tem ligação emocional, apenas a fixação em Gabi, como se fosse um desafio ou     um prêmio.

Num exame neurológico, o cérebro do psicopata é diferente das pessoas normais, o córtex pré-frontal (a parte frontal do cérebro), que é responsável pela tomada de decisão, comportamento social e expressão da personalidade, e a amígdala (pequena área no meio), que é responsável pelas emoções, não se acendem na varredura do cérebro de um psicopata, o que significa que há pouca ou nenhuma atividade nessas regiões.

Isto significa que quando as pessoas “normais” estão à mercê de situações fortes de emoções boas ou sofridas há alteração no cérebro nesses locais, já no psicopata não há reação alguma, e isso explica porque mantêm o controle emocional em qualquer situação, como vocês podem ver no filme.


1.   3. Rapaz manipulado por Tomasz,


     a chefe da agência os colegas de trabalho - 

     Ambos trazem as características de Sociopatas:

·         São de personalidade anti sociais;

·        Costumam mentir, infringirem leis, agirem impulsivamente e desconsiderarem sua           própria segurança ou a segurança dos outros;

·         São mais propensos a cometer crimes espontaneamente;

·         Distúrbio mental caracterizado pelo desprezo por outras pessoas;

·         São capazes de sentir remorso e culpa;

·         São menos organizados;

·         São capazes de formar ligações emocionais profundas, como com amigos e familiares.

Assim, psicopatia é uma forma muito mais severa da sociopatia; pode-se dizer que todos os psicopatas são sociopatas, mas sociopatas não são necessariamente psicopatas.

Esses dois transtornos de personalidade anti social estão catalogados no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), cujos principais sinais são o egocentrismo, falta de empatia, espírito de manipulação, hostilidade e impulsividade (American Psychiatric Association, 2013).

Esse filme, Rede de Ódio é um filme frio, provocativo e reflexivo, que tenta ligar o alerta dos riscos desses comportamentos analisados aqui.

Portanto, todo cuidado é pouco diante da rede!

 

ASSISTA O VÍDEO AO VIVO AQUI:




Vanderli Aparecida Pantolfi da Costa é Palestrante, Psicanalista
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