AUTOAMOR X CARIDADE - A diferença entre Autoamor e Egoísmo

 



Por Vanderli Pantolfi

Autoamor não é egoísmo e Caridade sem autoamor não é caridade. Você concorda com isso? 

Autoamor não é Egoísmo

Muitas pessoas confundem autoamor com egoísmo normalmente por conta de crenças.

Vamos então entender o que é Autoamor e Egoísmo

  • Egoísmo é você querer tudo pra você e como você quer que as coisas sejam e aconteçam;  Autoamor – é você querer bem a você.
  •  O egoísta é aquele que se coloca no centro do seu universo, se priorizando em relação aos outros, porém, nem sempre desprezando-os.  A pessoa que tem autoamor, não dá valor a ser o centro das atenções, só quer estar bem e em paz.

  •  Uma pessoa egoísta acredita que, é mais importante do que os demais seres,

 


    • vaidosa, procura demonstrar sempre coragem, não admitindo fraquezas próprias, o que a tornaria vulnerável, o que para ela é inadmissível.  Já a pessoa que se ama, ela entende que todos têm a mesma importância, humilde, entende que tem fraquezas, aceita sua vulnerabilidade.

    •  Os egoístas querem sempre estar em primeiro lugar e fazem de tudo para impedir que qualquer pessoa ameace sua supremacia. Ignoram toda opinião diferente da sua própria.  A pessoa autoamorosa, é livre de destaques, aceita as opiniões que podem lhe fazer o bem;

    •  O egoísta tem dificuldades de compartilhar ou doar algo, a não ser que lhe traga benefícios, porque na verdade, quando demonstram algum ato gratuito de bondade estão encobrindo uma grande necessidade de atenção e elogios.  A pessoa que se ama, é desapegada, porque entende que o apego aprisiona, e quando doa, doa com prazer e desapego.

    •  Toda ação de um egoísta tem um propósito de se destacar em relação aos outros. 

 O autoamor leva a pessoa a se sentir no equilíbrio, nem mais, nem menos que ninguém.

  •  Os egoístas sempre esperam que os outros façam as coisas para ele, porque realmente acreditam que merecem tudo.  Quem atingiu o autoamor, entende que cada um dá o que pode e aceita o que lhe oferecem se isso lhe faz bem.

  •  Os egoístas não aceitam críticas das pessoas, mesmo que sejam bem-intencionadas. Já quem tem o autoamor, se permite aprender, entendendo as criticas como chance de aprender.

  •  Assim o egoísta dificilmente percebe que o é, porque acredita nunca estar errado, culpa os outros e foge da responsabilidade. Já o que se ama entende que esta num caminho em evolução e quer sempre melhorar.

 


  •  
    • O egoísta não conhece humildade e nunca pede desculpas, mas, é o primeiro a criticar quando o erro não é dele.  Acontece diferente com quem se ama, pois trata os outros como quer que seja tratado com empatia. Pedir desculpas não é um problema.

    •  Enfim o egoísta por não se sentir egoísta, não sente nenhuma vontade de mudar, o que compromete a sua real felicidade, vivendo num tormento de necessidades frívolas, sem preenchimento do vazio interior o que lhe resulta a solidão.  Já Autoamor é aceitação de si mesmo e conseqüentemente aceitação também das coisas e pessoas como são.

     A pessoa que se ama, conhece as próprias limitações e sombras, aceita-as e perdoa-as, entende que está no caminho do aprendizado, que o levará ao caminho da felicidade.  

     Quem conquista o autoamor não exigi de si o que ainda não pode dar, nem a si mesmo e ao outro, entende que é preciso conquistar para doar!

     


Para isso, sabe que é preciso sair da inércia, preguiça, vítima/algoz e buscar superar-se, a cada dia, um degrau por vez, sem cobranças desnecessárias, sem pressão, valorizando e comemorando cada conquista.

 Para a pessoa que esta no autoamor, busca o autoconhecimento de dentro pra fora, em direção as necessidades mais profundas da alma, conquistando o equilíbrio e paz.  Dessa forma, se conquista a paz interior, a essência, que é o amor puro, o autoamor.

 

Resumindo pra que vocês jamais esqueçam que se amar não é egoísmo!

 Autoamando-se a pessoa esta atenta ao ditado: Vigiar e Orar!”Assim: 

·        Vê o tempo como sagrado, liberando distrações infrutíferas, ou sobrecarregando-se em atender necessidades alheias;

 ·        Aprendeu a dizer não, evitando dizer sim para tudo e todos;

·    Fazendo atividades prazerosas, que se sintam capazes, se libertando de serviços desgastantes, ou propósitos que estão acima da sua capacidade, que causam frustração, impotência, incapacidade e culpa;

·       Libera-se do julgamento: Sabe quem é ela mesma, que tem defeitos e qualidades, evita fingir ser o que não é só pra agradar aos outros”; 

·       Toma as rédeas de sua vida, se liberta de relações e situações que não quer e que a não façam feliz;

  



·        Aprendeu que numa relação seja ela qual for jamais ninguém deve se submeter ou submeter ao outro;

Tem o foco que é sua felicidade, pois aprendeu que, não deve se distrair doi seu propósito de vida dando mais atenção às necessidades dos outros.

Enfim se sentindo livre, entra em sintonia com o Universo que é liberdade, prosperidade e abundância.

Pela Lei da Sincronicidade, atrai cada vez mais bem estar, equilíbrio e paz, isso é autoamor guiando a pessoa para o Eu Superior, O Deus interior!

Entende que o maior controle de si, é se libertar do controle de tudo e de todos, cada qual é livre pra fazer o que quiser e responsável por suas ações.

Somente assim, neste momento de comrpeensão, estamos abertos para levar ao outro o amor conquistado com o autoconhecimento, pois já não existe cobrança, apenas doação do mque ja tem.

 

Caridade Sem Autoamor não é caridade.

A caridade não é só uma ação de fazer o bem ao próximo de forma altruísta, ou seja, dar ao outro o que se quer dar com amor, e não para se livrar de algo, seja material, medo ou culpa.

A Caridade é um sentimento de prazer em doar. Mas, a caridade foi nos apresentada pela religião como algo que temos que fazer para alcançar o amor de Deus, assim como fez Jesus, o Cristo, por nós!  Colocada assim, nos parece uma obrigação e não prazer de ofertar, de dividir, de doar.

Porém, concordo com as religiões, desde que compreendamos a interpretação correta:

Tomando como exemplo o 1° e 2 °mandamento que diz:

“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo!”

A maioria das pessoas interpreta esse mandamento, que devemos em:

1º lugar: Amar a Deus;

2º lugar: Amar ao próximo;

3º lugar: Amar a ti mesmo.

 

Mas é uma interpretação errada, vamos separar a frase:

 Amar a Deus sobre todas as coisas = 1º lugar – ok

Como a ti mesmo (amar) = 2º lugar - ok

E ao próximo (amar) = 3º - ok

 O mandamento diz amar o próximo como a ti mesmo; se eu não me amo, não posso amar ao meu próximo, sendo assim não sou caridoso, nem comigo e tão pouco com o próximo. Se caridade é amor, e se não me amo, não posso amar ao outro, portanto não sou caridoso com o outro.

Tudo começa com o autoamor que nos leva ao caminho da felicidade. Jesus segue esse mandamento, porque é Autoamor em Essência!

 Então para realmente sermos caridosos, como entende Jesus, o maior Terapeuta que já existiu, é necessário nos conhecermos, desenvolver em nós o autoconhecimento, o autoamor, para que “tenhamos para dar” e só assim, possamos ofertar; do que temos como conquistas do que somos.

 Quem desenvolve o autoamor, não julga, não condena, entende o outro em suas necessidades, dificuldades e limites; pois reconhece primeiro em si mesmo essas situações.

 Então, fazer caridade a alguém é desprender-se de si mesmo vendo e aceitando o outro como ele é, assim como se aceita.

 A pessoa caridosa, não projeta sua sombra no outro, cobrando-o ou culpando-o por sua situação.

  


A ação da caridade sendo um sentimento leva a pessoa caridosa a sair de si e a perceber o próximo no momento evolutivo em que se encontra da mesma forma que se percebe a sua evolução atual; tem empatia, se coloca no lugar do próximo e isso lhe assegura compreender o outro como a si mesmo;

 

Por isso que, caridade sem autoamor não é caridade! Caridade sem autoamor é: 

·         Obrigação: quando se faz apenas por crenças familiares, religiosas, culturais ou sociais;

 - Em determinado momento de minha vida, participava de estudos religiosos à noite, e como sempre ia de carro, ao voltar ficava incomodada como fato de alguns colegas terem que voltar de ônibus, porque, ali no estudo falávamos que tínhamos que ser caridosos; então me oferecia para levar-los, às vezes até do outro lado da cidade. No começo foi tranqüilo, depois de um tempo começou a incomodar, e mais adiante ficou insuportável, porque me sentia obrigada àquela situação. Isso não era caridade, estava atendendo a uma crença minha em relação à religião, não era por amor. 

·         Medo: de ir para o inferno, ou ser castigado se não o fizer; acontecer algo com a família;

- É um comportamento meio de barganha com Deus; Eu faço isso e assim eu e minha família somos protegidas. Não é caridade. 

·         Culpa e desencargo de consciência: por algo que tenha feito e quer compensar sendo caridoso;

Doou para me livrar do incômodo da minha consciência, assim me engano dizendo pra mim mesma que fiz uma caridade, mas não é por amor.

- Dou para acalmar uma culpa de ter feito algo que julgo errado e assim procuro “compensar” meu erro, não é por amor.

·         Preencher vazio – Perfeccionismo Necessidade de ser aceita

Lembro que sempre me doava muito para as atividades religiosas. Uma vez num grande evento, como coordenadora geral, acabei por assumir outra coordenação porque a pessoa se atrasou, e dessa forma sobrecarregada cometi um deslize, não conferi um trabalho de uma colaboradora no que resultou em uma situação desconfortável para todos, e atingia certa pessoa. Quando vi o erro, fiquei chocada comigo mesmo, me cobrando e não aceitando a situação. Cheguei a sair do evento, fui chorar lá fora; um senhor do grupo me seguiu e me questionou porque estava chorando, eu lhe disse que o meu erro inclusive poderia até prejudicá-lo, e ele disse que não, quase foi despercebido, e eu quem esta valorizando demais; que eu fazia tudo certo que esta cobrando demais de mim mesma, exigindo a perfeição sabendo que todos não somos perfeitos; não acatei a orientação, só me culpava. Não dormi aquela noite e pela semana toda. Chegou o dia da avaliação do evento, lembro que no grupo tinha um rapaz que os outros diziam que ele era chato, difícil de agradar, pois bem, começou a avaliação e os meus “amigos” do evento iniciaram a avaliação justamente pelo meu erro. O rapaz chato levantou e disse ser inadmissível eles dizerem aquilo.” - Não virão o quanto ela se esforçou, se doou e por conta da falta de comprometimento da pessoa do setor, ela assumiu mais coisas ainda, se sobrecarregando? Se existe um culpado, é esse que chegou atrasado, e não ela! Todos ficaram quietos, porém, pra mim foi muito sofrido, porque não só eu me julgava, mas também aqueles a quem me acreditava ser leal, também o faziam. Lembro que fiquei meses, anos magoada com aquilo. A terapia me mostrou que eu queria ser aceita, me esforçava para receber elogios, e que na verdade não fazia caridade, queria apenas preencher um vazio interior. Não foi por amor!

 

Assim, Tudo isso pode ser qualquer coisa, mas jamais caridade! Porque a verdadeira caridade é aquela que a pessoa dá de si o que tem conquistado no caminho do autoconhecimento e autoamor. Não importa o que se doa, tempo, dinheiro, bens matérias, oração, etc., importa-se o sentimento que se doa. Portanto, a caridade esta ligada a evolução moral da pessoa e respectivamente ao autoconhecimento.

Enfim, quando mais a pessoa conquista o autoamor, mais caridosa se torna, sendo assim a caridade começa com o autoamor!

 

Assista ao vídeo dessa matéria:




Vanderli Aparecida Pantolfi da Costa é Palestrante, Psicanalista
Saiba o que é: Terapia online


                                     
Clique aqui e agende sua #terapiaonline
Gostou da Matéria?
Você pode gostar também: 

DEIXE SEU COMENTÁRIO!
Sua opinião é muito importante pra mim.

👉  Para comentar clique em "comentários" (caso a caixa de comentários não estiver aberta).

*** SE INSCREVA NO BLOG ***
Adicione seu e-mail para receber novas publicações.


Comentários