O Suicídio não acaba com sua DOR, pelo contrário, aumenta e MUITO! #setembroamarelo

 



Introdução

 Quem se atira no suicídio espera livrar-se dos sofrimentos considerados insuportáveis...


Também eu pensei assim. Enganei-me, porém – e sofrimentos milhões de vezes maiores me esperavam dentro do túmulo onde me escondi, pensando escapar às dores do corpo físico. As primeiras horas depois do meu suicídio foram passadas como se eu estivesse dormindo. Meu espírito ficou como que desmaiado. Não ouvia, não sentia coisa alguma a não ser a sensação da morte que acabara de buscar. Era como se aquele tiro maldito – que até hoje ainda ouço – tivesse esparramado cada uma das células que compunham meu corpo. Pouco a pouco, fui me sentindo acordar. Sentia frio, muito frio. Tremia. Tinha a impressão que minhas roupas eram de gelo e estivessem grudadas na minha pele. Faltava-me o ar. Sentia um mau cheiro muito grande. Tão grande, que me causava náusea. Sentia uma dor muito aguda na cabeça, partindo do ouvido direito. Levei a mão ao local da dor e percebi o sangue escorrendo do buraco feito pela bala do revólver que usei para o suicídio. O sangue manchou-me as mãos, a roupa, o corpo. E eu nada enxergava...

 Devo esclarecer que o motivo que me levou ao suicídio foi a revolta de haver ficado cego. Pensei que o sofrimento da cegueira fosse grande demais. Como eu estava enganado!

 E, ao acordar na morte, continuava cego! Além de cego, agora estava ferido.

 Mas eu pensava estar apenas machucado – e não morto! Sim, a vida continuava em mim, como antes do suicídio! Sentindo-me vivo, imaginei que o tiro não havia sido suficiente para me matar. Acreditei estar num hospital ou em minha casa, mas, nada conseguindo ver, era impossível reconhecer o lugar. As dores, a incerteza sobre onde estava e a solidão começaram a me angustiar. Chamei por meus familiares, por amigos – mas o silêncio continuava em torno de mim. Cheio de mau humor gritei por enfermeiros, por médicos que, certamente, estariam por perto. Mas o que ouvi, horas depois, foi um vozerio que começou ao longe e foi se fazendo mais claro, mais próximo.

 Era um coro sinistro de vozes confusas e desnorteadas, como uma assembléia de loucos. Estas vozes falavam entre si, não conversavam. Blasfemavam, queixavam-se, lamentavam, uivavam, gritavam, choravam um pranto de horror, suplicavam socorro e piedade. Aterrado, sentia-me ligado, não sei de que forma, àquelas pessoas que gritavam. Aquelas vozes infundiam-se tão grande pavor, que tentei levantar-me, querendo afastar-me, para não ouvi-las. Mas não conseguia! Parecia possuir raízes que me prendiam no lugar, não poderia soltar-me! Aliás, mesmo que o pudesse como sair dali, se estava a esvair-me em sangue?

 Como andar, se estava cego, em lugar que não sabia qual era? Cheio de covardia, pus-me a chorar e, quando chorava, aquele som de loucos parecia fazer estranho coro comigo, como se tivéssemos algo em comum. Inquieto, vaguei pela escuridão procurando a saída. Tropecei num monte de destroços e me abaixei para examinar, com as mãos, que coisas eram aquelas que estavam à minha frente. Então, ah, meu Deus! Descobri que o montão de destroços era nada menos que a terra de uma sepultura, recentemente fechada! Não sei como, se estava cego pude ver, no meio da escuridão, o que existia em volta. Eu estava num cemitério! A loucura se apoderou de mim. Comecei a gritar, a uivar como um demônio – e agora era eu quem fazia coro aquelas vozes malditas que não se calavam e pareciam se aproximar mais. O que fazia eu num cemitério? Como teria ido parar ali ferido, sozinho, fraco e doente?

 

Era verdade que eu tentara me suicidar, mas não havia conseguido. Eu dei o tiro, mas estava vivo... Eu quisera morrer, mas... E, devagar, a consciência me falou coisas que eu não queria pensar:

 -“Não quiseste o suicídio? Pois aí o tens...” Como assim? Eu havia conseguido morrer.

 Acaso não estava ali, vivo e andando? No entanto, nem havia acabado de fazer estas perguntas, quando me vi a mim próprio! Vi-me como em frente a um espelho: morto, estendido num caixão, já com as carnes apodrecendo no fundo de uma sepultura – justamente aquela sepultura sobre a qual, acabara de tropeçar! Fugi dali, desejando me esconder de mim mesmo, cheio de horror! E, como louco que agora estava, eu corria, tendo sempre à minha frente o corpo apodrecendo, coberto por lesmas nojentas que brigavam entre si, para devorar o corpo que era eu mesmo! Ah, que vontade de morrer! Que vontade de morrer de verdade, pois, mesmo querendo me matar, continuava vivo igual antes – ou mais vivo ainda! Aflito e sentindo muitas dores, não encontrava alívio em parte alguma. E o meu corpo morto me atraía para o túmulo onde se encontrava, como se um imã poderoso me puxasse com força. Era muito grande a atração exercida pelo meu próprio cadáver e, não encontrando lugar algum onde pudesse ao menos descansar, acabei voltando ao local de onde viera: o cemitério... Debrucei-me soluçando sobre a sepultura que guardava meus miseráveis restos, sentindo uma fúria diabólica, compreendendo que me suicidara que estava sepultado, mas que, apesar disso, continuava vivo e sofrendo mais, muito mais que antes. Durante meses, vaguei sem rumo. Ligado à carne que apodrecia, não podia afastar me dali.

 Mesmo cego, vi fantasmas perambulando pelo cemitério e, como eu, estavam chorosos e aflitos. Numa das vezes em que ia e vinha tropeçando pelas ruas, ao dobrar uma esquina, deparei com certa multidão – uma porção de individualidades, entre homens e mulheres. Era noite – ou pelo menos eu achava que era, pois estava sempre envolvido pela escuridão da cegueira. Essa multidão era a mesma que vinha me aterrando com seus lamentos, desde que acordei na morte. Tentei recuar, fugir, esconder-me; porém, logo me vi envolvido por aquelas pessoas que uivavam desesperadamente.

 Fui levado de roldão puxado, empurrado, arrastado; e era tal a aglomeração, que me perdi dentro dela. Aquele bando de dementes era conduzido por soldados – que agora, conduziam a mim também.

 A cada momento juntava-se à multidão outro vagabundo, como acontecera comigo que, mesmo querendo, não podia mais se agastar da turba barulhenta. Pensei que estivéssemos sendo levados à prisão. Protestei. Em altas vozes, bradei que não era um criminoso; falei meu nome, enumerei meus títulos e qualidades – mas os guardas, se me ouviam, nem tiveram o trabalho de responder. A caminhada foi longa. O frio era cortante e enregelava a todos. Misturei minhas lágrimas e meus lamentos ao coro de vozes horripilantes, participando também eu, da triste sinfonia de dor. Caminhamos muito, muito e, finalmente, começamos a entrar por um vale profundo. Cavernas surgiram de um lado e de outro, numa espécie de ruas que eram estreitas passagens entre montanhas. Não se via terra no chão; tudo eram pedras, lamaçais, pântanos e sombras. E descíamos mais por aqueles abismos. Por fim, os soldados fizeram alto, e, com eles, estacamos.

 Ficamos em silêncio até percebermos que a soldadesca se retirava. Eles se afastavam, abandonando-nos ali! Sem sabermos o que significava aquilo corremos atrás deles, querendo nos retirar também. Mas em vão! Os pântanos, as cavernas, as ruelas eram tantas, que nos perdíamos, pois, para qualquer lado onde olhássemos, para onde nos dirigíssemos o cenário era sempre o mesmo. Estranho terror se apossou de todos nós.

 

Os Condenados

Meus companheiros eram pavorosos. Feios, magros, desalinhados, irreconhecíveis até pelos que os amaram na Terra. Era uma assembléia imensa de criaturas disformes; homens e mulheres, cujo único traço comum era a alucinação. Todos trajavam roupas empastadas do lodo das sepulturas, trazendo a fisionomia alterada pelo sofrimento.

 

Imaginai uma localidade, uma povoação envolvida eternamente por densa penumbra gelada, onde se aglomerassem tétricos fantasmas suicidas, erguidos do túmulo! Pois eram assim as criaturas que eu tinha por companheiros – e também eu, já esquecido do meu orgulho, pertencia a tão repugnante massa; também eu era um feio, um alucinado, um pastoso como os demais! Eu via – não sei como, pois estava cego, mas eu conseguia ver - e este era um castigo, pois, se não visse absolutamente nada, os sofrimentos seriam menores, por não saber o que se passava ao lado. Eu via, aqui e ali, os companheiros repetindo o gesto suicida! As ânsias do enforcamento, os gestos desesperados por livrar o pescoço arroxeado dos farrapos de cordas ou tiras de pano! E, coisa incrível! Cada um de nós recordando, sem poder esquecer, as cenas pavorosas do momento em que nos matamos, criávamos as cenas dos nossos últimos momentos na Terra. E as cenas criadas por cada um eram vistas por todos os outros, espalhando o horror por toda parte. Assim, víamos aqui e ali, os suicidas balançando em suas cordas; víamos no outro lado, trens rápidos e barulhentos, colhendo o infeliz que se atirava sob suas rodas: as carnes sendo rasgadas e trituradas; os gritos tresloucados de dor, espanto e arrependimento tardio. Era a loucura coletiva! E, para coroar todos os sofrimentos, havia as penas morais. Ah, estas! Os remorsos, as saudades dos seres amados, a vergonha!

 

O Vale dos Suicidas

 E ali me via preso em região do Mundo Invisível, lugar de sofrimentos, lugar de sombras e vales profundos, gargantas tortuosas, cavernas sinistras. Dentro destas cavernas, espíritos que foram homens uivavam feito demônios enfurecidos, devido ao grande sofrimento que os martirizavam. Neste local de aflições não havia um único arvoredo, nem bela paisagem que pudesse distrair a vista torturada. A visão era cansativa pelas ruelas e cavernas onde só existia o supremo Horror!

 O que há é o choro convulsivo e inconsolável dos condenados! O que há é o assombroso ranger de dentes, daquela sábia advertência de Jesus! O que há é a blasfêmia do miserável arrependimento a se acusar a cada uma das dolorosas recordações. Há a loucura das consciências chicoteadas pelo remorso! O que há é a raiva envenenada que já não pode chorar, cansado do excesso de lágrimas! O que há é o desapontamento, a surpresa de quem se sente vivo, apesar de haver se matado! É a revolta, a praga, o insulto, os corações que o monstruoso castigo transformou em feras! O que há é a alma ofendida, tudo envolvido em trevas! É o inferno, na mais horrenda exposição porque, além de tudo, existem cenas de animalidade, prática dos mais baixos instintos as quais, me envergonharia de contar aos meus irmãos, os homens da terra! Quem estaciona ali, como eu estacionei, são grandes personalidades do crime. É a escoria do mundo espiritual – apenas grupos de suicidas que chegam todos os dias vindos da Espanha, Brasil, Portugal e colônias portuguesas da África, infelizes necessitados do auxílio da prece. São os levianos, os irresponsáveis que, fartos da vida, se aventuram ao desconhecido, à procura de esquecimento e alívio, através do suicídio! E eu fiz parte da sinistra multidão aprisionada nesse local pavoroso cuja lembrança, até hoje, me faz sentir repugnância. É bem possível que haja quem duvide da verdade que vai escrita nestas páginas. Dirão que é fantasia. Eu os convido, desejando ardentemente, que não queiram conhecer essa realidade através dos canais do suicídio – canais cheios de trevas, aos quais me expus, eu mesmo. Às vezes, aconteciam brigas brutais naqueles becos imundos. Sempre irritados por quaisquer motivos, nos atirávamos uns contra os outros, em lutas violentas. Muitas vezes eu próprio me atirava como um selvagem contra os agressores e, como eles, rolava na lama em que pisávamos.

 A fome, a sede, o frio intenso, a fadiga, a insônia nos martirizavam, como se ainda estivéssemos em nosso corpo de carne. A promiscuidade vergonhosa de espíritos que foram homens e dos que foram mulheres; tempestades constantes e inundações, a lama, o mau cheiro, as sombras eternas, a ansiedade de nos vermos livres de tantos martírios – assim era o panorama que acompanhava os nossos mais dolorosos padecimentos morais. Envolvidos em tão enlouquecedora situação, não havia quem pudesse atingir um só instante de serenidade para se lembrar de Deus e chamar por sua Misericórdia! Não se podia orar, porque a oração é um bem, um descanso, uma esperança; e aos desgraçados suicidas, era impossível atingir tão grande beneficio – o beneficio da prece! E, se não bastasse isso tudo, como se enormes espelhos nos perseguissem, onde víamos sempre aquela cena macabra: o nosso próprio corpo na sepultura, a se decompor sob o ataque dos vermes esfomeados; o trabalho detestável da podridão a seguir seu curso natural de destruição, levando junto nossas carnes, nossas vísceras, nosso sangue fétido, nosso corpo inteiro consumido num banquete de milhões de vermes famintos – nosso corpo era devorado devagar, sob nossos olhares esbugalhados pelo horror!

 O corpo físico, a nossa parte material era destruída aos poucos enquanto nós, seus donos, continuávamos vivos sofrendo e sem podermos morrer também! Oh, castigo, punindo o desgraçado que decidiu insultar a Deus, destruindo, antes da hora, o que só a ELE cabe realizar! Nós estávamos vivos ainda, diante do corpo morto e apodrecido... E doíam em nós, as picadas monstruosas dos vermes! Ficávamos enfurecidos feito loucos, sentindo em nós mesmos o que se passava em nosso corpo no túmulo! E os nossos gritos se reproduziam em ecos ao longo de todo o vale o tempo todo, o tempo todo... Pensávamos estar diante do tribunal do inferno! Sim, aqueles mesmos obsessores que alimentaram em nós, as sugestões para o suicídio, divertiam-se com nossas angústias, fazendo-nos acreditar que eles eram os juízes que iam nos julgar e castigar. Apresentavam-se como seres fantásticos, fantasmas impressionantes, inventando cenas satânicas, com as quais nos castigavam.

 Submetiam-nos a vexames difíceis de descrever. Obrigavam-nos a torpezas e deboches, fazendo-nos cúmplices de suas infames obscenidades!

 Enfim, cada um de nós era morto-vivo em toda a extensão da palavra. E este estado de coisas só poderia ser atenuado quando se acabassem as forças vitais de que éramos portadores.

 Os suicidas se demoram no sofrimento o tempo que lhes resta para o final de seu compromisso na terra: dias, meses, anos...

 

O Socorro

 Vez ou outra, uma caravana desconhecida visitava nosso buraco de sombras. Era como uma inspeção de alguma associação caridosa. Vinha à procura daqueles que, entre nós, já havia cumprido, no Vale dos Suicidas, o tempo que deveria ser cumprido na Terra; aqueles que já estavam com os fluidos vitais enfraquecidos pela desintegração total do corpo físico. Estes eram removidos para regiões intermediárias do Invisível. A caravana era composta por Espíritos Superiores. Trajados de branco, caminhavam pelas ruas lamacentas do Vale. Um deles levava à mão direita uma bandeira brilhante, onde estava escrito: LEGIÃO DOS SERVOS DE MARIA. Tais servos eram chefiados por espíritos de aparência respeitável, vestidos de branco e tendo na cabeça um turbante hindu, preso à frente por uma esmeralda, símbolo dos médicos. Eles entravam nas cavernas habitadas e examinavam seus moradores.

 Curvavam-se junto da lama, levando alguns dos desgraçados tombados. Os que se apresentavam em condições de serem socorridos eram colocados em macas e levados.

 Uma voz que não sabíamos de onde vinha guiava os socorristas para este ou aquele lugar onde havia um de nós em condições de ser socorrido. As macas eram levadas para dentro de veículos que pareciam pequenas diligências brancas, puxadas por cavalos também brancos, tão belos que despertariam nossa atenção, caso pudéssemos notar alguma coisa além de nossas desgraças. Depois de busca cuidadosa pelo Vale dos Suicidas, os visitantes se retiravam enquanto gritávamos por socorro, sentindo-nos desprezados, sem entender o motivo pelo qual deveríamos permanecer mais tempo naquele sofrimento todo. Suplicávamos justiça e compaixão; ficávamos revoltados, exigindo que nos deixassem seguir com os demais. Os caravaneiros não respondiam, nem faziam qualquer gesto para nos atender. Então, o coro hediondo de uivos, os gritos vibravam dolorosamente pelas ruas lamacentas, parecendo que a loucura coletiva havia atacado os presos miseráveis! E assim ficávamos... Por quanto tempo? Oh, Deus piedoso! Por quanto tempo ainda? Num dia, senti-me tão profundamente cansado pelas torturas, tão fraco, como que desmaiado. Eu e outros em situação idêntica, incapazes de resistir mais tempo àquela tortura, necessitávamos descansar e esta urgência nos obrigou a ficar nas cavernas úmidas e escuras. Ali nos achávamos, quando o rumor daquelas carruagens de socorro nos chegou até os ouvidos. Apesar do cansaço que nos invadia, saímos para a rua. As vielas e as praças já estavam superlotadas pelos condenados que, como das outras vezes que éramos visitados por aquela caravana, punham-se a brades mais alto, procurando despertar a atenção dos socorristas. A caravana estacionou na praça imunda. Desceram os enfermeiros e o chefe, iniciando o reconhecimento dos que seriam levados. No ar, aquela voz que não se sabia de onde vinha, chamando os suicidas pelo nome, ou indicando o lugar onde se encontravam os que já haviam cumprido seu tão tenebroso castigo.

 De súbito, ouvi meu nome! Eu seria libertado! Entre lágrimas, subi os degraus do veículo indicado. Entrei na carruagem confortável, onde se lia mesmo lema escrito naquela bandeira: LEGIÃO DOS SERVOS DE MARIA. Depois, o estranho comboio se pôs a caminhar e me pus a chorar, ouvindo o coro de blasfêmias, a gritaria desesperadas dos infelizes que ficavam. A cerração cinzenta que contemplei durante tantos anos foi ficando pra trás. Deus misericordioso! Eu estava saindo, finalmente, do Vale dos Suicidas!

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Os sofrimentos do escritor português Camilo Castelo Branco não terminam aí. Nem seu relato, de 568 páginas. Este folheto que está em suas mãos é um resumo das primeiras 56 paginas do mesmo livro. Aqui, as sentenças estão na ordem direta, fatos na ordem cronológica, palavras de fácil entendimento. Os relatos completos, sem cortes, com palavras do próprio Camilo estão no livro “Memórias de um suicida”, psicografado por Yvone A. Pereira.

“Peço aos que me lerem que acreditem no que digo, sem experimentar. O desastre será irremediável, se fizerem o mesmo que fiz. Aceitem a vida tal como ela é. Aceitem as dores, a cegueira, as deformações, os aleijumes, o desespero, a desgraça, a fome, a desonra, a lama. Tudo, tudo de mau, de injusto que a Terra possa dar são coisas excelentes em comparação ao que terão, no caminho do suicídio.”

 

Outros trechos sobre suicídio

 (Do livro: “O martírio dos Suicidas” – Almerindo Martins de Castro – FEB)

“Sejam fortes, vocês que estão lendo estas páginas! Quando forem vítimas do sofrimento, procurem afugentar a ideia de suicídio porque, se nele caírem, aí sim será aberto diante de seus pés o mais tenebroso inferno!” (Dr. Raul Martins).

***

“Eu fui um destes. Cada nova desilusão me fazia alimentar, com maior carinho, a idéia do suicídio. Por fim, já nem precisava de novos motivos. Eu mesmo os inventava, naquela vontade louca de morrer, com receio que me convencessem do contrário.

 

Cedi a esta covardia e suporto agora as consequências.  Ah, se soubessem os que me leem o preço que se paga por esta covardia, ninguém se suicidaria. Os maiores martírios da Terra são doces consolações, quando comparados aos mais suaves sofrimentos de um suicida!”(Antero de Quental).

***

“Não sei de sofrimento que seja comparável ao que se vive no Vale dos Suicidas. Lá ruge-se, chora-se, soluça-se, ulula-se, pragueja-se, maldiz-se - não existe paz, só trevas. E que trevas, meus Deus! Que trevas!” (Camilo Castelo Branco)”.

 A morte em si, a morte natural ou por acidente, quando chega no prazo fixado por DEUS, nada tem de aterrador, se a pessoa cumpriu bem a sua missão na Terra. Não acontece o mesmo com os que se matam; não importa quem hajam sido na terra, não importam os diplomas, os títulos, a religião a que tenham pertencido. O suicídio é sempre cobrado de maneira muito amarga. Nunca se ouviu falar de um suicida que tenha “virado santo”, ou que haja “ganhado o céu”, ou que seja um Espírito de Luz.

As notícias que nos chegam dos que se matam é sempre um rosário de dores, lamentações remorsos.

 

Vejamos alguns resumos simplificados e adaptados de depoimentos:

Dr. Raul Martins – Juiz íntegro, inteligente, católico fervoroso. Suicidou-se em 21 de Novembro de 1920. Trinta meses após, ele próprio conta suas experiências. Vejamos alguns trechos:

 “O candidato a suicídio se ilude, supondo que vai libertar-se de dores, tristezas e misérias. Que trágica ilusão! Eu também me enganei e, longe de diminuir o sofrimento, ele aumentou e se tornou muito mais profundo aqui no espaço, onde não há noite nem dia, onde não se pode dormir, pelo menos...

 São milhões de desgraçados que, como eu, se debatem nas trevas da amargura que, além de tudo é inútil, porque ninguém morre. Aqui, se vive mais vivo que nunca.

 Aqui, sim, se sofre! Sejam fortes vocês, que estão lendo estas páginas! Quando forem vítimas do sofrimento, afugentem a ideia do suicídio porque se nele caírem, será aberto diante de seus pés o mais tenebroso inferno!”

 Aqui, um outro tipo de horror que pode acontecer ao suicida: ficar ligado ao corpo sem poder se mover, sentindo toda a decomposição da carne, sentindo a dor de milhões de mordidas de vermes ao mesmo tempo, em todas as partes do corpo – olhos, nariz, boca, ouvidos sendo comidos aos poucos, em meio a dores terríveis, como alfinetadas; o cheiro da carne podre, até que ela se deteriore, até que seja consumida completamente.

 O caso abaixo foi narrado pelo próprio suicida a um amigo, no Rio de Janeiro em outubro de 1917, pedindo-lhe que publicasse tão dramática exposição, servindo de alerta a quem pensa em suicídio:

“Sou Jacinto, seu amigo, morto há vinte anos. Matei-me com um tiro nos miolos.

 Lembra-se de mim? Na véspera de meu suicídio, estive no seu escritório e contei-lhe sobre minha vontade de acabar com a vida. Você me aconselhou – e seus conselhos, tive a loucura de não seguir. No dia seguinte, matei-me. Venho agora dizer-lhe o que é o suicídio e pedir-lhe que escreva e publique tudo, para alertar aos outros loucos que têm em mente a vontade de suicidar-se. No dia em que me matei, estava desesperado e você sabe os motivos. Ajeitei o revolver no céu da boca. Dei o tiro, mas verifiquei ainda estar vivo, sentindo dores agudas e ouvindo os gritos dos meus familiares

– mas não podia me mover. Continuei morto, mas sem poder sair do corpo, sem poder separar-me do cadáver. Assim, paralisado, assisti aos funerais, ouvi os lamentos e as recriminações dos presentes, pelo meu ato. Horrorizado, vi o caixão se fechar sobre mim! Fui conduzido, sentindo as dores alucinantes do ferimento na boca. Levaram-me ao cemitério, fui enterrado e me deixaram sozinho. Senti a sufocação do fundo da cova, mas não podia fazer nenhum movimento. Estava colado ao corpo morto! As dores eram verdadeiramente insuportáveis. E, logo a seguir, passei a sentir o cheiro do corpo apodrecendo. Senti a mordedura dos vermes, milhões de mordidas ao mesmo tempo, por todo o corpo. Dores incríveis! Muito depois, a carne foi se separando dos ossos, foi se acabando e eu sempre ali, junto, sentindo dores e assistindo a tudo. Sentia sede, fome e frio, além da dor do ferimento, que nunca me abandonou. Jamais tive um único minuto de descanso, em que pudesse dormir. O jazigo foi aberto algumas vezes para enterrarem cadáveres de pessoas da família. De quem? Nunca pude saber, porque não podia ao menos ir olhar quem estava enterrado ao meu lado. Nestes últimos dias fui libertado! Vou continuar minha condenação em outro lugar. Antes disso, aqui estou para pedir-lhe que diga aos que sofrem o que é o suicídio. Esta é minha contribuição ao mundo.”

 Agora, outra modalidade de suplício, relatada pelos próprios que passaram por ele: o espírito não consegue sair do lugar onde se suicidou. E passa a repetir o gesto suicida e a sofrê-lo, indefinidamente.

 Quitandeira casada, com filhos. O marido era mau, jogador, ébrio, não trabalhava e obrigava-a a sustentá-lo, a sustentar a casa e os filhos. Insultava-a, espancava-a, espancava os filhos. Num dia, após uma briga em que foi novamente espancada, ela não suportou mais. Feita louca, correu para a linha do trem, no momento em que ele se aproxima. Atirou-se sob suas rodas. Sentiu suas carnes sendo dilaceradas.

 Viu cada parte do corpo sendo separada do resto, cada pedaço se esparramando ao longo dos trilhos. Viu-se desfeita, esmagada em pedaços ensanguentados e, coisa horrível! Sentia que não morria! Viu chegar gente gritando. Viu chegarem as autoridades.

 Viu que examinavam os restos do seu corpo. Assistiu quando juntaram seus pedaços e os colocaram numa caixa de madeira. Ela gritava, mas não a ouviam, não lhes atendiam. Agarrava-se às pessoas para mostrar que estava ali, viva, mas não percebiam sua presença. Todos se afastaram. A caixa contendo seus restos foi levada. E ela ficou sozinha, sem conseguir se afastar dali. E foi então, que os sofrimentos começaram, de verdade! Ouviu novamente a chegada do trem – um trem que só existia em sua imaginação – e, sem poder se conter, atirou-se à sua frente.

 Sentiu-se novamente sendo esmagada, ouviu os ossos sendo triturados de novo, as carnes sendo despedaçadas de novo, em dores medonhas. O trem foi embora – e lá veio ele outra vez! E a mulher foi sendo esmagada, tudo outra vez, milhões de vezes, sempre, sempre, sempre. A cada minuto vinha o monstro de ferro e a cada minuto ela se atirava embaixo dele, repetindo a agonia. E, entre um trem imaginário e outro, a mulher via ao redor de si, seres hediondos, que riam que a empurravam que zombavam por haver ela fugido da vida. Pareciam demônios e ela se apavorava, com medo de ser levada ao inferno... Mas lá vinha o trem e ela se atirava sob suas rodas, sendo arrebentada. Após a passagem do trem, aqueles demônios repetiam suas atividades aterrorizantes. Sempre rindo, zombando, uivando, diziam-lhe que seriam agora, seus eternos companheiros, porque eles haviam se matado com as próprias mãos. E o trem a passar sobre ela. E aqueles serem que a perturbavam.

Não paravam mais... Quanto tempo durou aquilo? Anos. Longos anos, sem dias sem noite, sem descanso, sem tréguas, até que foi esgotado o tempo que ela deveria viver sobre a terra. Só então pode ser removida para outro lugar, onde passou das dores físicas às dores morais do remorso, da saudade dos filhos – dores profundas, mais dolorosas que as anteriores...

 E há os que buscam o suicídio para se juntarem ao ser amado que morreu! Ah, se soubessem que, assim, sem fé, sem confiança em Deus, estão apenas prolongando, por séculos até, o tão sonhado reencontro!

 Júlio César Machado, escritor lusitano. Ele possuía um filho – Julinho – que era toda a sua felicidade. A criança morreu e o pai suicidou-se, para ir mais depressa ao seu encontro. Eis as palavras do próprio pai, quando conseguiu se comunicar com a Terra:

 “Não podia viver sem ele e saí à sua procura – mas a morte me envolveu e me arrastou. Fui levado por um turbilhão. Fui levado a regiões medonhas e, às vezes voltava, sem querer, aos lugares de onde queria fugir e onde tudo me fazia lembrar minha desgraça, não conseguindo a mais leve indicação sobre meu filho. E nem tinha esperança de morrer, porque, para mim, a morte não existia mais. Até hoje corro, até hoje me debato a gritar, a gritar sempre pelo meu adorado filho – ele não me chega nunca. Eu que me matei porque não podia viver sem ele, tenho de viver sem ele, porque me matei! Não o verei mais? Horror! Mil vezes horror! Haverá justiça nesta condenação? Quem é o juiz bárbaro que não viu que, se me matei, era porque a vida sem ele não era vida? Era crime amá-lo tanto? E, se o amor a um filho é crime, por que Deus nos colocou amor no coração? Perdoai senhor, se blasfemo!

 Mas, oh Deus! Tu, que és pai, Tu que és bom, por que não me perdoas? Não vês que a tentação armou meu braço? Que a tentação me levou ao suicídio? Mas se não posso ver meu filho, por que o deste pra mim, Senhor? Se eu tinha de perder a felicidade, por que a colocaste à minha frente, Senhor? Que eu viva o tormento eterno; que eu me revolva nas agonias da dor, mas deixa-me ver meu filho! Que eu o veja uma única vez e Te bendirei o nome!”

 

Preces aos Suicidas

 Aqui, uma palavra aos familiares e amigos dos suicidas. Como se viu eles não estão perdidos para sempre, nem no fogo do inferno, como sempre se supôs. Eles continuam a existir – em sofrimentos, mas continuam vivos; e serão socorridos, porque suas penas não são eternas. E é só por meio da ORAÇÃO que se consegue aliviar suas dores. A oração a DEUS, em seu louvor faz com que eles se sintam aliviados, sem sofrimentos, em paz, podendo até mesmo pensar em Deus e rezar também. As preces frequentes pelos suicidas ajudam-nos a passar por aqueles anos todos que têm pela frente. A ORAÇÃO é, pois, a porta que Deus deixou aberta para contato com nossos mortos queridos.

 Vejamos dois escritos onde entra a prece, como fator de ajuda aos suicidas. (O primeiro é do livro: “Vida no além” – Francisco Candido Xavier – GEEM):

 A Sra. Maura de Araújo Javarini suicidou-se em 11 de maio de 1932, na cidade de São José do Rio Preto. Sua morte foi por envenenamento. Depois de 29 anos, ela psicografou uma mensagem à Terra, através de Chico Xavier. É importante o seguinte trecho de sua mensagem: “Foram as preces de meu pobre João (marido) e dos nossos amigos Antonio Marino e Farid Mussi, que me levantaram...”

 Voltemos ao livro “Memórias de um suicida”, ao depoimento de Camilo Castelo Branco. Nesta parte da narração, ele já havia saído do Vale dos Suicidas e se encontrava num Hospital do Espaço, recuperando-se. Ele escreve: “Recebíamos preces e pensamentos de paz que nos vinham da Terra, por quem se interessava sinceramente por nosso restabelecimento. As preces vinham até nós, através de uma maneira interessante: havia um aparelho grande, parecido aos aparelhos de televisão, que transmitia em sua tela, todas as imagens e sons que nos eram dirigidos em orações.

 Quando, na Terra, alguém se lembrava de orar por nós, imediatamente, sua imagem aparecia na tela e ouvíamos sua voz, pedindo a Deus que nos iluminassem os caminhos, dando-nos calma e paciência para suportarmos os sofrimentos. Muitas vezes, apareciam naquela tela pessoas que nem sempre foram muito ligadas a nós, mas que rezavam fervorosamente em nosso benefício – enquanto que outras pessoas, a quem devotamos grande estima, nunca – ou raramente – apareciam, para aliviar as asperezas de nossos infortúnios...”


 Através destes trechos, ficamos sabendo dos pormenores importantes:

 1 – O suicida sabe quem está lhe enviando preces. Notar que Maura de Araújo Javarini chegou a mencionar os nomes das três únicas pessoas que oraram por ela! Notar que, 29 anos depois da morte, ela ainda lembrava das únicas orações recebidas e as agradeceu, nominalmente!

 2 – As orações auxiliam, colaborando com o adiantamento e alívio dos espíritos em sofrimento. Quando nossas orações são enviadas a DEUS, em benefício deles, há como que uma pausa em suas agonias; conseguem uma atmosfera de paz em torno de si, conseguem se lembrar de DEUS e orar também, atraindo assim a chegada mais rápida do socorro. O único momento em que os suicidas têm trégua é quando alguém daqui da Terra lhes envia orações e pensamentos de paz.

 

Você que me lê também é responsável!

 É responsável pela vida de seus familiares, vizinhos, amigos. Como o futuro suicida pode não aparentar nenhuma tendência para este tipo de ato, o melhor seria que todos fossem atingidos pela presente mensagem. Faça fotocópias deste folheto! Ou faça mais edição dele e distribua aos seus patrões, colegas de trabalho, funcionários, parentes, conhecidos, desconhecidos, amigos e inimigos. Distribua em escolas, hospitais, penitenciárias, asilos, clubes recreativos. Envie cópias online, por email, publiquem, pelo correio a outras cidades, outros países. Peça que estas outras pessoas também façam cópias e passem adiante. E não deixe este folheto dormindo na gaveta! Empreste-o! Faça-o circular! Peça que seja lido! Salve uma vida! Salve muitas vidas! Onde houver gente chorando; onde houver gente feliz, pode estar o próximo suicida. Vamos todos, numa corrente de AMOR AO PROXIMO, diminuir o número de suicídios. Vamos ajudar a diminuir o numero de almas que sofrem no além-túmulo. Você também é responsável!

 ______________________________________________________

Resumo adaptado do livro “Memórias de um Suicida”, pela Profª. Cleunice Orlandi

de Lima.

Livros consultados:

1-Memórias de um Suicida – Yvone A. Pereira - FEB.

2-O martírio dos Suicidas – Almerindo M. de Castro – FEB

3-Vozes do Grande Além – Francisco C. Xavier – FEB

4-Estante da Vida – Francisco C. Xavier – FEB

5-Vida no além – Francisco C. Xavier – GEEM


Reproduzido e distribuído pelo:

Centro Espírita “Caminho da Esperança”

R: Felipe Schmidt, 420 – Bairro São Luiz – Brusque-SC.

Grupo Espírita “A Caminho da Luz”

R: Maria Salum, 46 – Bairro Rio Caveiras – Biguaçu-SC.

Contato: geacaminhodaluz@hotmail.com


Baixe aqui esse livreto 

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Leia também para ajudar a evitar:


Veja vídeos para prevenção do Suicídio:

Divaldo Franco - mensagem sobre o suicídio.

Poema:
Suicídio Não!

Ah, meu amigo querido

Alguns versos vou te ofertar

Torcendo pra que minhas palavras

Possam te iluminar

E mude a tua opinião

Não tire a tua vida não

Eu vou tentar te ajudar

 

Pra começo de conversa

Quero confraternizar

Sei que a tua dor é grande

Mas estou a te escutar

Aqui tens um ombro amigo

Então escuta o que eu digo

Que tudo irá melhorar

 

Mas preciso que me ajudes

Vamos comigo pensar?

A vida é um presente divino

Que não vale a pena tirar

E também tenho que lhe dizer

Que depois que você morrer

Ela vai continuar

 

A vida é uma grande escola

Onde estamos a estagiar

E cada existência é uma série

Pela qual precisamos passar

E não adianta fugir

Por que se você desistir

Terás que recomeçar!

 

Do Mestre dessa nossa escola

Tu já ouviste falar

E um belo dia num monte

Começou a nos ensinar

E disse que foi “pros” aflitos

Com todos os seus conflitos

Que ele veio consolar

 

Eu também preciso dizer

Algo talvez de espantar

Digo que ao tirar tua vida

Vivo, irás te encontrar

E num vale de aflição

E de muita desolação

Você irá despertar

 

E lá sofrerás muito mais

Pela sua existência encurtar

Pensas que irás ter alívio

Mas sua dor só irá aumentar

E é por isso que eu te digo

Meu companheiro e amigo

Nem pense em se suicidar!

 

Observa o exemplo infeliz

Dos que vêm a te falar

E vivos, depois que morreram

Eles voltam pra te alertar

E falar de seus sofrimentos

E de todos os tormentos

Que passaram a experimentar

 

Mude a tua referência

Deixe de se lamentar

Encare os problemas de frente

Que tudo irás superar

Por que força você tem

E contas com auxílio do Bem

E de amigos a te amparar

  

Levanta a tua cabeça

E passes a observar

Que se você sofre no mundo

Não estás no primeiro lugar

Há outros que sofrem também

E que estão sem ninguém

Com quem possam desabafar

 

Que tal esquecer sua dor?

E teus ouvidos emprestar

Oferecer ombro amigo

Pra que outros possam chorar

E amparando o teu irmão

Em toda a sua aflição

A tua própria irá se curar

 

E assim pouco a pouco verás

Sua dor cicatrizar

Ao usar esse remédio

Poderoso e salutar

De muita capacidade

Que se pode tomar à vontade

E esse remédio é amar

 

Olha espero sinceramente

Ter podido te ajudar

Fica aqui o meu presente

Que espero tu possas guardar

No fundo do teu coração

E com toda a minha emoção:

Que Jesus possa te abençoar!

    **Ator desconhecido


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Vanderli Aparecida Pantolfi da Costa é Palestrante, Psicanalista
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